Curitiba: aliados de Leprevost e Gleisi Hoffmann arrancam bandeira do Brasil em escolas invadidas

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O segundo turno da disputa pela prefeitura de Curitiba ganhou um inesperado componente ideológico. O candidato Ney Leprevost (PSD), coligado ao PCdoB desde o primeiro turno, aliou-se, no segundo, à Rede, de Marina Silva, e ao PMDB bolivariano do clã Requião. Também aceitou o “apoio crítico” do PT, liderado no Estado pela senadora Gleisi Helena Hoffmann, que afunda nas águas turbulentas da Operação Lava-Jato. Essas alianças começam a complicar a situação eleitoral do candidato que disputa o comando da capital do Paraná com o ex-prefeito Rafael Greca (PMN).

O PCdoB, coligado a Ney, comandou na última semana, juntamente com movimentos estudantis de esquerda ligados ao PT de Gleisi, a invasão de 75 escolas no Paraná. Nos prédios invadidos a bandeira do Brasil foi arrancada do mastro e, em seu lugar, hasteadas outras vermelhas. Uma das escolas que sofreram essa profanação simbólica foi o Colégio Estadual do Paraná, o mais importante e tradicional nas plagas das araucárias.

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O episódio provocou revolta na população de Curitiba, cidade que sedia a Lava-Jato e onde proliferam movimentos de caráter patriótico, anticorrupção, antipetista e antiesquerdista que levaram à queda de Dilma Rousseff. Esses movimentos, que formam a chamada “República de Curitiba”, estão marcados pela indignação de seus integrantes.

A campanha de Ney Leprevost tem enfrentado outros revezes. Durante o primeiro debate do segundo turno, o candidato, que se apresenta como “administrador”, foi questionado por Rafael Greca sobre seu curso superior. Diante de um constrangido Leprevost, Greca revelou que o adversário havia se formado por correspondência em uma faculdade do Tocantins – a Unitins.


O estabelecimento ficou em 944º lugar no ranking do jornal “Folha de S. Paulo”, com nota 2,49 (o máximo é 100). Pior ainda, Leprevost graduou-se em Administração em 28/04/2011, quando a Unitins já estava descredenciada pelo MEC e proibida de abrir novas vagas. Outro elemento torna ainda mais obscura a história. Por ocasião da formatura de Leprevost, a Universidade do Tocantins pertencia ao ex-ministro Borges da Silveira, hoje seu coordenador de campanha.

Para piorar a situação, Leprevost também coleciona outros episódios constrangedores. No final do primeiro turno, o candidato resolveu fazer campanha no velório de um policial assassinado na capela do Hospital Evangélico. Familiares da vítima revoltaram-se com a desfaçatez. Transtornada, a mãe do morto escorraçou o candidato aos gritos. Leprevost deixou o local de fininho. Toda a cena foi filmada e circula na internet e nas redes sociais. (https://www.youtube.com/watch?v=M6pJrgyyqR0)

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