Mundo das finanças atraiu no passado os engenheiros que hoje faltam no mercado

Andando de lado – Quando o ucho.info alertou para o perigo de o Brasil estar a mercê de um apagão de mão de obra especializada, o todo-poderoso Luiz Inácio da Silva disse que nós, jornalistas deste site, torcemos contra o País. Como quase sempre acontece, o presidente-metalúrgico estava equivocado, como ainda está, pois o nosso compromisso único é com a verdade dos fatos e o respeito aos brasileiros.

O alerta que fizemos há anos somente agora começa a ganhar a grande imprensa, que não se preocupou em mostrar à nação os perigos que rondam o mercado de trabalho. Faltando menos de três anos para a Copa do Mundo, o Brasil tem uma nítida escassez de profissionais na área da construção civil. Enquanto Lula da Silva insiste na criação da segunda versão do programa “Minha Casa, Minha Vida”, importantes obras de infraestrutura estão escandalosamente atrasadas ou até mesmo paralisadas. O profissional mais procurado no mercado é o engenheiro.

Na França, por exemplo, existem 15 engenheiros para cada mil habitantes. Nos Estados Unidos e no Japão são 25 engenheiros para cada mil habitantes. No Brasil, que de acordo com o presidente Luiz Inácio cresce a taxas chinesas, existem apenas 6 engenheiros para cada mil habitantes.

Em conversa com a reportagem do ucho.info, o consultor financeiro Eduardo Caldeira lembrou que muitos profissionais de outras áreas foram atraídos para o universo das finanças. Executivo da G5 Advisors, Caldeira fez questão de salientar que esse hiato de profissionais deve durar mais alguns anos, pois a formação de profissionais qualificados demanda tempo. O perigo, segundo o consultor, está na possibilidade de a economia sofrer daqui para frente solavancos. O que faria com que todo o custoso investimento na formação de profissionais seja perdido.

Como representante dos trabalhadores, pelo foi nessa condição que ele chegou ao poder, Luiz Inácio da Silva deveria ter se preocupado com o futuro da própria classe. Mas o principal objetivo do presidente, que tem um olhar míope quando o assunto é planejamento de longo prazo, foi alardear fatos para enganar a opinião pública e garantir a implantação de um projeto de poder totalitarista, como o que está em marcha.

Lula acredita que entrou para a História pela porta da frente e para ficar. Como sempre afirmamos, somente daqui a duas décadas é que o Brasil saberá de fato se o metalúrgico Lula da Silva é um personagem da História. Do contrário, o quase ex-presidente será conhecido como protagonista de infindáveis estórias.