Brigas políticas atrasam anúncio de nomes do primeiro escalão nos estados

Agonia dos aliados – A presidente eleita Dilma “Lulita” Rousseff (PT) não é a única que tem problemas para completar o ministério por conta das brigas partidárias. A questão política arrasta a divulgação de nomes para o primeiro escalão em vários estados. Se a espera tem causado estragos na festa de muitos pretendentes, a indefinição pode levar a divulgação para depois do Natal.

É o caso de Pernambuco, onde o governador Eduardo Campos (PSB) disse que só anunciará o secretariado depois das festas natalinas. O socialista afirma que qualquer tentativa da imprensa em saber sobre a equipe de sua gestão antes da data anunciada é perda de tempo. O mandatário pernambucano alega que já sabe os nomes e os convites já foram feitos, mas alertou bem aos aliados que se algo vazasse o convite seria desfeito.

Em Alagoas, o governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) deverá divulgar no próximo dia 28 os nomes, ainda sob sigilo, dos que comporão o secretariado. Segundo se divulgou, Vilela tem a missão de inserir na estrutura os aliados que estiveram ao seu lado durante as eleições. Disse também não saber quem entra e quem sai do governo.

No Maranhão, a governadora Roseana Sarney (PMDB) deixou vazar alguns nomes, mas a maioria dos novos secretários é desconhecida. A classe política não tem gostado do segredo, pois teme que o silêncio só prejudica os aliados. O primeiro escalão deverá ser anunciado somente após a posse, marcada para a madrugada do dia 1º de janeiro.

No Mato Grosso, o governador Silval Barbosa (PMDB) antecipou parte do secretariado estadual, mas o anúncio oficial deverá acontecer ainda nesta segunda-feira (20). A demora ocorre por conta de uma “guerra santa” do Partido dos Trabalhadores entre os grupos do deputado federal Carlos Abicalil, derrotado ao Senado, e da senadora Serys Slhessarenko, diplomada primeira suplente à Câmara Federal.