Banco Central atropela o otimismo de Mantega e reduz previsão para o crescimento da economia

Caiu o castelo – Ainda ministro da Fazenda, o petista Guido Mantega parece querer que sua incompetência seja publicamente reconhecida em doses homeopáticas. Quando a crise econômica começou a sacudir a União Europeia, Mantega, que por certo toma as mesmas pílulas de messianismo usadas pelo companheiro Lula, afirmou que o Brasil passaria ao largo do movimento. Não demorou muito, a presidente Dilma Rousseff, a famosa “garantia de continuidade”, endossou “ipsis litteris” as palavras do titular da Fazenda.

De lá para cá, o que tem acontecido é a vergonhosa e assustadora corrosão das profecias de Dilma e Mantega, uma vez que as previsões a cerca do crescimento da economia têm encolhido sistematicamente, contrariando os ufanistas anúncios palacianos. O ministro disse recentemente que a economia brasileira rompeu o segundo semestre em franca expansão, mas essa não é a interpretação do Banco Central.

Nesta quinta-feira (27), o BC reduziu a estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que caiu de 2,5% para 1,6%, A informação consta do “Relatório de Inflação”, divulgado nesta quinta-feira (27). Em junho, a projeção para o crescimento da economia em 2012 já tinha sido revisada de 3,5% para 2,5%.

Como se não bastasse o vazio que marca as palavras de Guido Mantega, que no mercado financeiro é alvo de seguidas galhofas, a nova previsão do Banco Central mostra que são extremamente lentas, quiçá inócuas, as medidas adotadas pelo governo federal para estimular a economia. A situação torna-se ainda mais preocupante quando considerado o feto que o BC vem reduzindo, desde agosto de 2011, a taxa básica de juro (Selic), que na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) sofreu corte de meio ponto percentual e agora está fixada em 7,5% ao ano.

Se com a redução das taxas de juro a economia não reage, a aposta do governo no consumo interno é completamente equivocada, como tem insistido o ucho.info. Não há como estimular o consumo em uma sociedade cujos cidadãos ganham mal e estão endividados e inadimplentes. Com essa conjunção de fatores, Dilma Rousseff precisa se desculpar com Fernando Henrique Cardoso, que foi duramente criticado porque em recente artigo abordou a herança maldita deixada pelo intocável Lula.

Quando o ucho.info afirma que serão necessárias pelo menos cinco décadas de esforço contínuo por parte dos brasileiros para reparar os estragos provocados por Lula, a esquerda sempre obtusa nos dedica impropérios. Enfim…