Lobão cumpre ordens palacianas e tentará explicar a redução da tarifa de energia no “Bom Dia Ministro”

Curto-circuito – A cada dia que passa, com o PT no poder central, não é aberração do raciocínio pensar que alguém entrou na casa de máquinas do Brasil e trocou os fios, pois sempre há uma sandice com o carimbo do Palácio do Planalto.

A bizarrice desta vez ficou por conta do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que na edição de quinta-feira (28) do programa chapa branca “Bom Dia Ministro” tentará explicar a redução da tarifa de energia. Pois bem, se o objetivo é confundir a opinião pública ainda mais acerca do assunto, o governo escolheu a pessoa certa para a tarefa errada, pois Edison Lobão nada entende sobre minas e energia. No máximo deve saber quando a lâmpada queima e quando o tanque de combustível do carro está vazio.

Edison Lobão assumiu a incumbência de explicar o inexplicável. Mas foi obediente porque Dilma quer se reeleger e precisa mostrar ao eleitorado que é a “gerentona”. Afinal, Lula ordenou que sua pupila mudasse de postura para manter vivo o sonho de se reeleger.

Tentar explicar a redução da tarifa de energia elétrica para quem sabe a verdade dos fatos é o mesmo que vender gelo para esquimó. A redução da tarifa de energia elétrica, anunciada com pompa e circunstância, além de um bom punhado de dinheiro dos contribuintes, serviu para Dilma Rousseff mostrar aos desavisados que o governo está, sim, preocupado com a crise econômica.

Essa preocupação é tamanha, que a tarifa de energia subiu de preço antes da pirotécnica redução, o que transformou meia dúzia em seis e meio. Como se não bastasse a enganação oficial, o governo escondeu dos brasileiros o quanto custará aos cofres públicos indenizar as geradoras de energia. Até porque, ninguém constrói uma usina hidrelétrica, por exemplo, pensando que é casa de caridade.

A fórmula mágica e genial criada pelos palacianos para enfrentar a crise econômica, cujos problemas são internos, custará a bagatela anual de R$ 8,5 bilhões. Sim, R$ 8,5 bilhões que sairão dos bolsos dos contribuintes para financiar um plano descabido e rascunhado por um governo que desconhece o significado da palavra planejamento.

À primeira vista pode parecer muito dinheiro, mas no governo dos desmandos petistas esse montante é pouco. Se o ministro Edison Lobão não sabe, R$ 8,5 bilhões correspondem a aproximadamente cinco vezes o prejuízo que a Petrobras abraçou com a compra criminosa de uma obsoleta refinaria de petróleo em Pasadena, no Texas, que serve para nada e que se for vendida atualmente não alcança mais do que US$ 180 milhões. Para um negócio que já passa de US$ 1,6 bilhões, Lobão há de concordar que é um prejuízo considerável.