Simpatizantes dos Black Blocs criticam o ucho.info e tentam desqualificar o nosso trabalho

Tudo combinado – O ucho.info tem recebido, nos últimos dias, e-mails de pessoas que defendem a atuação do grupo de baderneiros que se autodenomina “Black Blocs”. Sabem os leitores que este site pauta-se pelo Estado Democrático de Direito, não sem antes defender a liberdade com responsabilidade, sem a qual uma nação não se sustenta como tal.

Algumas mensagens acusam-nos de prestar um desserviço à população e de funcionar como indutor de massa de manobra, mas é impossível concordar com um grupo que por mera tirania usa a violência como forma de fazer prevalecer suas vontades. Não é dessa forma que se mantém a democracia, da mesma maneira que não é esse o caminho para reivindicar.

Os baderneiros insistem em afirmar que agem em defesa dos oprimidos, mas informações de bastidores dão conta que a instalação do caos, que vem ocorrendo de forma sistemática e contínua, interessa a grupos políticos radicais que querem impor suas ideologias através do uso da força e da intimidação. Cada cidadão tem o direito constitucional da livre manifestação do pensamento, o que inclui críticas fundamentadas a este noticioso, mas não será com mensagens mais exacerbadas que isso se dará em qualquer momento.

O que os moradores das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, em especial, têm assistido é, como epílogo das manifestações, atos de vandalismo explícito que alcançam o ápice com a depredação do patrimônio público e privado, como se esse tipo de ação servisse para algo. O viés violento das manifestações tem comprometido sobremaneira o direito de protestar dos cidadãos de bem, que precisam levar às ruas a insatisfação quase generalizada, sob pena de o Brasil avançar perigosamente, e cada vez mais, na direção de um regime totalitário de esquerda.

Que não venham esses baderneiros a nos dar lições de moral, pois o editor do ucho.info tem larga experiência na cobertura de manifestações e conflitos, não sem antes ser reconhecido por inúmeras reportagens baseadas no jornalismo investigativo, muitas das quais elucidaram casos polêmicos. Isso não nos faz melhor do que qualquer outro veículo de comunicação, mas garante a tranquilidade de opinar com responsabilidade e confiança.

Enquanto o Estado, como um todo, não reagir à altura, sempre amparado pela legislação vigente, para conter os vândalos de aluguel, a democracia continuará sendo corroída por interesses escusos, mas sabidamente criminosos.

Muito estranhamente, depois que os verdadeiros insatisfeitos se amedrontaram diante do quebra-quebra que tomou conta das mais importantes cidades do País, o governo petista de Dilma Rousseff resolveu entrar em cena para, segundo informou o ministro José Eduardo Martins Cardozo (Justiça), buscar, em conjunto com os estados, uma solução para enfrentar os baderneiros, que ignoram os limites da lei e criticam a reação das autoridades, muito criticadas pela frouxidão.

A estratégia é fazer com que os palacianos saiam do episódio como os mentores de um processo de paz, como se nenhuma responsabilidade tivessem nos episódios recorrentes que têm marcado o cotidiano de São Paulo e do Rio. Por trás desse cenário de guerra está o interesse do PT em tomar de assalto os governos paulista e fluminense, o que garantirá a legenda a possibilidade de avançar em seu projeto totalitarista de poder.

Alguns filósofos de plantão começam a dizer que as polícias estaduais precisam se adequar à nova realidade social, quando na verdade o que o Brasil precisa fazer é manter a ordem, com o devido rigor que a lei permite. Discursos politicamente corretos a essa altura dos acontecimentos servem apenas para alimentar ainda mais o banditismo que vem assustando a população.

No tocante às críticas que temos recebido de simpatizantes dos “Black Blocs”, inclusive questionando a qualidade do nosso jornalismo, lembramos que nem tudo o que é divulgado em termos de informação é a expressão da realidade, até porque isso prejudicaria muitas das investigações. Analisar fatos isolados sem se importar com a conjuntura e desconhecendo o serviço de inteligência policial é no mínimo amadorismo daqueles que nos criticam.

Para que os desavisados se inteirem dos fatos, coube ao editor, ainda na década de 80, desvendar o esquema ilegal instalado pelo crime organizado nas coxias do Vaticano, o que rendeu ameaças e perseguições de todos os naipes. Esse é apenas um exemplo do que já fizemos e temos no currículo, pois assim é possível avaliar o caráter responsável que imprimimos às nossas reportagens.

O grande segredo da democracia é o equilíbrio de forças e, acima de tudo, o confronto pacífico de opiniões divergentes, mas não será o descontentamento de ínfima minoria que colocará a perder mais de três décadas de jornalismo sério e dedicado ao País.