Marina Silva quer estender viés de “curral eleitoral” do assistencialista programa “Bolsa Família”

marina_silva_20Teúdos e manteúdos – Candidata do PSB à Presidência da República, a ex-petista Marina Silva já não sabe qual discurso adotar para melhor seu posicionamento nas pesquisas de intenção de voto, que nas últimas semanas entrou em curva descendente. No derradeiro debate entre presidenciáveis, realizado pela Rede Globo, na noite de quinta-feira (2), Marina voltou a negar o fim dos programas sociais do governo, como, por exemplo, o “Bolsa Família”.

Marina Silva disse não apenas que manterá o programa, mas que, se eleita, melhorará o benefício que atualmente garante ao Partido dos Trabalhadores um curral eleitoral de aproximadamente 56 milhões de pessoas, uma vez que o “Bolsa Família” tem 14 milhões de famílias inscritas.

A grande questão do “Bolsa Família” é que o governo petista concede o benefício a esmo, sem cobrar do cidadão a contrapartida que existia no projeto inicial, que era a manutenção dos filhos na escola. O programa tornou-se um indutor da indolência, já que muitos brasileiros entraram na seara dos “nem-nem”, nem trabalham e nem estudam. Isso porque dependendo da forma como o benefício do “Bolsa Família” é pago, o cidadão prefere permanecer na ociosidade, como vem sendo detectado por pesquisas do IBGE.

O ucho.info não é contra o combate à miséria, pelo contrário, mas é preciso acabar com o assistencialismo, pois esse tipo de ação beneficia a perpetuação no poder de regimes totalitários, que se valem da miséria alheia para manter o continuísmo obtuso e antidemocrático. É preciso que o Estado, como um todo, invista na geração de empregos e na capacitação da mão de obra, pois sem isso o Brasil continuará à beira do abismo da crise.

Marina Silva, que na reta final da campanha tenta cooptar os indecisos e atrair eleitores de candidatos adversários, disse que se chegar à Presidência acrescentará ao “Bolsa Família” o décimo terceiro salário, como forma de garantir às famílias o direito à ceia natalina. É importante destacar que o programa social em questão não é uma remuneração constante, mas uma ferramenta para tirar o cidadão da pobreza.

Inserir um abono natalino no “Bolsa Família” é querer prorrogar o viés de curral eleitoral do programa. Tanto é assim, que o contingente de beneficiados pelo programa social do governo federal é que decide a eleição presidencial, até porque corresponde a 40% do eleitorado nacional, atualmente estimado em 142 milhões de cidadãos aptos a votar.

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