Novo presidente da Petrobras, que terá de blindar o Planalto, empurra para baixo as ações da estatal

aldemir_bendine_02Tiro no escuro – Preocupada em apagar as digitais petistas que cobrem o Petrolão, o maior escândalo de corrupção da história da humanidade, com roubalheira de R$ 88 bilhões, Dilma Rousseff escolheu Aldemir Bendine, presidente do Banco do Brasil, para comandar a estatal e completar o serviço que a demissionária Maria das Graças Foster deixou pela metade. Limpar as pegadas deixadas na lambança patrocinada em diretorias da petrolífera, com a conivência do Palácio do Planalto, não é tarefa fácil, mas a missão primeira de Bendine será minimizar, se é que isso é possível, o estrago que sacode o Partido dos Trabalhadores, que cada vez mais chafurda na lama da corrupção.

No momento em que a Petrobras, empresa de economia mista cujo maior acionista é o povo brasileiro, precisa urgentemente recuperar a confiança dos investidores e do mercado financeiro como um todo, esperava-se que Dilma escolhesse um nome respeitado dentro e fora do País, mas a indicação de Aldemir Bendine foi um fiasco de grandes proporções. Até porque, Bendine é conhecido por ser obediente às ordens do Palácio do Planalto, além de ser um dos homens de confiança do incompetente Guido Mantega.

A reação do mercado à escolha de Bendine surgiu minutos depois de a notícia correr o noticiário nacional. Às 11h24, o Ibovespa, principal índice de ações do mercado brasileiro, recuava 2%, batendo nos 48.248 pontos. Quase que simultaneamente, as ações ordinárias da Petrobras registravam queda de 6,52%, enquanto as preferenciais caíam 7,04%. Ou seja, o mercado acionário nacional não digeriu bem a péssima escolha feita pela presidente da República.

É fato que Dilma teve menos de quarenta e oito horas para indicar o novo presidente da Petrobras, mas essa troca de comando deveria ter ocorrido em março de 2014, horas depois da deflagração da Operação Lava-Jato, que desbaratou um esquema criminoso de desvio de dinheiro da estatal para abastecer partidos políticos. Desde a operação policial, Graça Foster foi mantida no cargo por conta de decisão obtusa e irresponsável de Dilma, que fez a petrolífera sangrar no mercado internacional.

Possivelmente cansada de ter de esconder a verdade, por ordem do Palácio do Planalto, Foster decidiu descumprir o acordo selado com Dilma e pediu demissão antes da hora, sendo seguida por todos os diretores da empresa.

Dilma Rousseff está sendo corroída por uma crise institucional sem precedentes na história recente do País, algo que é turbinado pela grave crise econômica que coloca o Brasil cada vez mais perto do despenhadeiro. Como afirmou o UCHO.INFO em recente matéria, é mais fácil Dilma cair por causa da preocupante crise institucional do que no rastro de um eventual processo de impeachment, que dependeria de aprovação dos congressistas e demandaria muito tempo.

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