Governo apresentará propostas para demandas do setor automobilístico, mergulhado na crise

seguro_automovel_01Remendo oficial – Atordoado com a crise econômica que cresce à sombra de uma crise político-institucional sem precedentes na última duas décadas, o governo petista de Dilma Vana Rousseff decidiu criar um grupo de trabalho interministerial para discutir com as montadoras de automóveis incentivos ao setor e contribuições ao Plano Nacional de Exportações. O objetivo é estimular os investimentos, a competitividade e ampliar as exportações do setor automobilístico, que vem registrando seguidas quedas nas vendas ao longo dos últimos meses.

A decisão foi tomada na quarta-feira (1º), durante reunião da presidente da República com dirigentes de todas as montadoras filiadas à Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), além da própria instituição. Ficou acordado durante o encontro que em no máximo trinta dias o governo responderá à pauta apresentada pelas montadoras, pontuando o que pode ser resolvido de forma imediata e o que será solucionado a médio e longo prazo.

De acordo com o presidente da Anfavea, Luiz Moan, o “caminho correto da indústria é buscar ganhos de competitividade”, aproveitando principalmente a alta do dólar, que favorece às exportações.

Ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante disse que o grupo poderá estudar a integração de cadeias produtivas, removendo barreiras às exportações, em especial para países da América Latina. “Descuidamos um pouco das exportações no nosso entorno, porque o mercado brasileiro cresceu muito. Precisamos agora dar mais foco para exportações.”

Para Moan, o esforço do governo brasileiro para renovar o acordo automotivo com países como o México foi um “alento” para que o setor automotivo possa expandir suas vendas, com melhores condições de competitividade. A Anfavea pretende também participar das negociações para a prorrogação do acordo feito com Argentina, que vence em 30 de junho.

Ainda de acordo com o presidente da Anfavea, as montadoras apoiam o ajuste fiscal que está sendo promovido pelo governo. Além de compreender, Moan disse que torce para que toda a estrutura do ajuste seja aprovada, para que o setor possa retomar, o mais rápido possível, seu nível de atividade econômica.

O grupo terá também representantes da Casa Civil e dos ministérios da Fazenda, das Cidades e das Relações Exteriores. Mercadante citou, como exemplo dos temas a serem discutidos, melhorias que podem ser implementadas para agilizar a burocracia de transferência de veículos e a revisão de exigências de acessórios em automóveis, que, segundo ele, não é aplicada por outros países.

O grupo de trabalho criado pelo governo é mais uma cortina de fumaça lapidada pelo staff palaciano, pois não há como um governo atabalhoado como o de Dilma Rousseff falar em melhoria das exportações de veículos depois de ter passado quatro anos priorizando as relações internacionais com base em questões ideológicas. No âmbito do MERCOSUL, o Brasil focou as relações com Argentina e Venezuela, países que enfrentam problemas econômicos e políticos graves.

No contraponto, enquanto Dilma incensava os companheiros da esquerda internacional ao redor do planeta, outros governantes, pautados pela seriedade de propósitos, firmaram acordos bilaterais que começam a dar frutos no momento em que a economia global começa a dar sinais de recuperação. (Com informações da ABr)

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