SP: Polícia efetua prisões em organizadas; ação ocorre na capital, Santos, Campinas e Guarulhos

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Nesta sexta-feira (15), a Polícia Civil de São Paulo cumpriu 98 mandados judiciais, entre prisões e buscas, nas sedes das Torcidas Organizadas do Estado de São Paulo na “Operação Cartão Vermelho”, contra torcedores envolvidos em brigas no último clássico entre Palmeiras e Corinthians, no último dia 3 de abril.

Entre as agremiações atingidas estão a Gaviões da Fiel e Pavilhão 9, do alvinegro paulistano, e a palmeirense Mancha Alviverde. De acordo com a corporação, são 37 mandados de prisão e outros 31 de busca e apreensão.

Foram deslocados mais de 200 oficiais e 100 viaturas em São Paulo, Guarulhos, Santos, Campinas e outros municípios da região metropolitana para a operação.

O secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, solicitou à Secretaria da Fazenda auxílio na operação com equipes de fiscalização contábil nas torcidas organizadas. É a primeira vez que a polícia faz esse trabalho com batidas simultâneas em todas as sedes das torcidas.


A ação começou por volta das 5h30 da manhã, e já encaminhou mais de 20 torcedores à sede da Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), no centro de São Paulo.

Entre os corintianos presos está Helder Alves Martins, um dos torcedores envolvidos na morte do menino Kevin Espada, na Bolívia, em jogo da Copa Libertadores de 2013. Na ocasião, ele era menor de idade e assumiu a culpa pelo disparo do sinalizador que atingiu o garoto boliviano.

Martins esteve relacionado a confronto com três palmeirenses na Av. Dr. Arnaldo, logo após o final do clássico entre Palmeiras e Corinthians, no Pacaembu, em 3 de abril. No mesmo dia, outra briga entre as duas torcidas, em São Miguel Paulista, na Zona Leste, resultou na morte de José Sinval Batista de Carvalho, de 53 anos. A vítima não era ligada a nenhuma das torcidas.

A Gaviões da Fiel já havia marcado um protesto no Vale do Anhangabaú justamente para a tarde desta sexta-feira. Entre as pautas da manifestação, divulgada em evento em uma rede social, estão a “denúncia da perseguição política” à agremiação, “repúdio à medida autoritária de torcida única nos estádios de São Paulo, pelo diálogo e medidas preventivas efetivas para acabar com a violência”, “transparência da Federação Paulista e Confederação Brasileira de Futebol” e “punição aos ladrões de merenda.”

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