Após Guga Kuerten, agora é a vez de Neymar recorrer ao Carf por causa de sonegação e multas

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Depois de Gustavo Kuerten ter recorrido ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) para tentar ficar isento do pagamento de multas e impostos, Neymar será, provavelmente, o próximo atleta a se defender no órgão. Ele foi multado pelo Fisco em R$ 188 milhões e teve seus bens bloqueados.

O atacante possui dois processos em andamento no Carf. O jogador não admite a dívida e, por isso, recorreu da cobrança ao órgão.

É importante destacar que as ações têm prioridade no julgamento porque, segundo o regulamento interno do Carf, processos com indícios de crime contra a ordem tributária podem furar a fila de ações.

Neymar deu entrada no Carf este ano e um dos casos já foi distribuído e teve a relator sorteada. Será a conselheira Bianca Felícia Rothschild. O outro, após ficar mais de três meses parado, também foi para distribuição e sorteio.


O Carf é a última chance de Neymar, na esfera administrativa, para se livrar da acusação de sonegação de impostos. Por causa da tramitação do caso no conselho, o juiz Mateus Castelo Branco, da 5.ª Vara Federal de Santos, acolheu pedido da família do jogador e rejeitou denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o jogador por sonegação fiscal e falsidade ideológica.

A justificativa foi de que a ação na Justiça contra Neymar e seu pai só poderia ser aberta após o esgotamento de todas as discussões na esfera administrativa. Isto é, após o Carf julgar a defesa apresentada pelo jogador.

Em agosto, o jogador e seu pai desistiram de recorrer de sentença da Justiça Federal e pagaram cerca de R$ 460 mil à Receita Federal por dívidas fiscais por não declararem como salários valores pagos como direito de imagem no período em que o jogador defendia o Santos e por irregularidades nas empresas da família. Em outubro, também pagaram mais R$ 70 mil, referentes a 15% do valor total da ação, em honorários advocatícios.

Em outro processo, em setembro de 2015, o desembargador Carlos Muta, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3.ª Região, determinou o bloqueio de R$ 188 milhões de Neymar e das empresas da família. O jogador é acusado pela Procuradoria da Fazenda Nacional de sonegar impostos de 2011 a 2013, período que incluiu também a negociação da sua transferência para o Barcelona.

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