Coreia do Norte está pronta para novo teste nuclear, sugerem imagens de satélite

Imagens de satélite de uma base de lançamento de misses da Coreia do Norte sugerem que o país está pronto para realizar novos testes, em meio à crescente preocupação internacional com programa nuclear comandado pelo ditador Kim Jong-un.

As imagens, divulgadas na quarta-feira (12) pelo portal 38 North, do Instituto Americano para a Coreia, revelaram que as instalações norte-coreanas estão “otimizadas e prontas” para novos lançamentos de mísseis balísticos.

De acordo com o portal, “imagens de satélite do local de testes nucleares Punggye-ri, datadas de 12 de abril, revelam atividades contínuas ao redor do portal norte, novas atividades na principal área administrativa e alguns funcionários próximos ao centro de comando”.

Entretanto, autoridades militares da Coreia do Sul afirmam não terem observado sinais de “atividades incomuns” até o momento, segundo a agência sul-coreana de noticias Yonhap.

Punggye-ri é uma base subterrânea no norte do país, a partir da qual vêm sendo realizados testes nucleares desde 2006. Em setembro último, foram registradas atividades no local pouco antes do quinto teste nuclear realizado por Pyongyang.

A Coreia do Norte comemorará no próximo sábado (15) o feriado nacional do Dia do Sol, que marca o 105º aniversário do nascimento de Kim Il Sung, fundador da república comunista e patriarca do clã que governa o país desde então. No passado, a data foi utilizada para realização de testes armamentistas.


Acirramento das tensões

As tensões na Península da Coreia têm se acirrado, com os Estados Unidos afirmando que poderão agir isoladamente contra Pyongyang e enviando uma frota naval para a região, numa demonstração de força para tentar evitar novos testes nucleares.

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, alertou nesta quinta-feira (13) para a possibilidade de a Coreia do Norte estar apta a lançar mísseis com ogivas contendo o gás letal sarin.

A chanceler alemã Angela Merkel disse acreditar em solução política na Península da Coreia, apesar da atual queda de braços entre os poderes na região. “Eu não apoiaria ações militares, mas sim forte pressão política de vários lados”, afirmou, acrescentando: “É no melhor interesse do mundo que a Coreia do Norte não tenha armamento nuclear.” (Com agências internacionais)

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