Bombeiro do DF que furtou viatura nega plano de invadir o Congresso com veículo da corporação

O segundo-sargento Fabrício Marcos de Araújo, do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, perseguido na Esplanada dos Ministérios após furtar um caminhão da corporação na madrugada do último domingo (3), disse não se recordar do ocorrido e negou ter planejado atingir o prédio do Congresso Nacional.

Em nota, a defesa do bombeiro destacou que, em 23 anos de carreira, Araújo “não tem qualquer fato que desabone sua conduta social ou funcional” e que ele solicita tratamento psicológico imediato. “Também é pai e marido. Não tem nenhum posicionamento religioso ou político radical. Fabrício é apenas mais um membro integrante da segurança pública que, como tantos outros, internalizou o peso do exercício da profissão sem o devido suporte psicológico”, escreveu o advogado Rodrigo Veiga de Oliveira.

De acordo com o comunicado, o sofrimento psíquico do bombeiro teria sido intensificado com o suicídio de um colega de profissão no final de semana anterior ao episódio protagonizado por Araújo. Em sua última missão, o colega foi acionado para socorrer a mãe de um terceiro companheiro, que acabou morrendo.


O advogado informou que Araújo se encontra “perplexo com a situação e surpreso com o ocorrido” e apreensivo com a multiplicação de boatos, como o rumor de que o motivo para a ação seria o suicídio do filho do bombeiro.

“Não é natural ao ser humano presenciar acidentes e mortes quase que diariamente. Não é natural ao ser humano internalizar todo o estresse decorrente da extenuante função na segurança pública”, complementou a defesa.

Durante a perseguição ao veículo na Esplanada dos Ministérios, Fabrício de Araújo respondeu aos colegas de corporação que tentavam demovê-lo da ideia que seu objetivo era chegar ao Congresso Nacional. Não é a primeira vez que cidadãos tentam invadir prédios públicos na capital federal usando veículos automotores, mas desta vez o bombeiro do DF contou com a simpatia de muitos brasileiros que não mais suportam o escárnio em que se transformou a política nacional. (Com ABr)

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