Caso Neymar: Polícia de SP indicia modelo por denunciação caluniosa, extorsão e fraude processual

A Polícia Civil de São Paulo concluiu, nesta terça-feira (10), dois inquéritos adicionais relacionados à denúncia de agressão e estupro feita por Najila Trindade contra o atacante Neymar, do Paris Saint-Germain e da Seleção Brasileira. A modelo, que acusou o atleta, foi indiciada por denúncia caluniosa, extorsão e fraude processual.

Ex-marido da modelo, Estivens Alves também foi indiciado pelo crime de fraude processual e responderá pela divulgação de conteúdo erótico de Najila a um jornalista. De acordo com a polícia, Alves teria cometido o crime em troca de uma publicação na internet.

O primeiro inquérito policial, que investigou a suposta agressão e o estupro alegadamente ocorrido em hotel da capital francesa, foi concluído em julho passado. A delegada Juliana Lopes Bussacos, titular da 6ª Delegacia de Defesa da Mulher, afirmou não haver provas suficientes para embasar o indiciamento do jogador.

Após a decisão da autoridade policial, o inquérito foi remetido ao Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica do Ministério Público de São Paulo, que manteve a decisão da delegada. A juíza Ana Paula Vieira de Moraes, da Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, aceitou o pedido do MP e determinou, em agosto, o arquivamento da denúncia contra Neymar.


Apesar da decisão da Justiça, as duas outras investigações seguiram o curso normal. Uma delas foi requerida pelos advogados do atleta, que alegaram denunciação caluniosa e extorsão por parte de Najila.

O outro inquérito, aberto por decisão dos delegados, para apurar o desaparecimento de aparelhos eletrônicos da casa a modelo, que não entregou o smartphone que teria a gravação da agressão sofrida no quarto de um hotel em Paris.

Após o indiciamento de Najila e do seu ex-marido, os inquéritos, que estão sob sigilo, foram encaminhados ao Tribunal de Justiça para apreciação dos promotores e da autoridade judicial.

Por enquanto, o escândalo, que não demorou muito para despertar a suspeita dos investigadores, rendeu a Najila Trindade problemas com a Justiça, que poderá condená-la de acordo com o que determina a legislação vigente. Contudo, a modelo ainda corre o risco de ser processada pelo atacante do PSG por danos morais, o que possibilita pedido de indenização.