Dissimulado, Bolsonaro muda o discurso e diz que não participará da coleta de assinaturas para o Aliança

Não é de hoje que a opinião pública descobriu que a covardia é a mola propulsora da política nacional. De igual modo, o brasileiro de bom senso já percebeu que o presidente Jair Bolsonaro, um despreparado confesso, abusa das investidas do tipo “balão de ensaio” para modular seus planos políticos, os quais diuturnamente atentam contra a legislação vigente no País.

Fingindo ser adepto da dissimulação, Bolsonaro adotou um modus operandi que chega a ser nauseante, pois, entre avanços e recuos, o presidente testa não apenas a paciência da sociedade, mas a conivência das autoridades com seu desrespeito ao conjunto legal.

Recentemente, Jair Bolsonaro confirmou nos bastidores que percorreria o País na condição de “garoto-propaganda” para propulsar a coleta de assinaturas necessárias à criação do Aliança pelo Brasil, com direito, inclusive, ao agendamento de viagens oficiais a 21 estados da federação, tudo custeado com o dinheiro público.

Há dias, com a repercussão negativa dessa informação, que circulou com rapidez nas entranhas do poder, Bolsonaro foi obrigado a recuar, pois acabaria incorrendo em crime de responsabilidade caso levasse adiante esse absurdo. De tal modo, abrir-se-ia o caminho para um pedido de impeachment.

Quando o UCHO.INFO afirma que Bolsonaro é desqualificado e desprovido de estofo para cargo de tamanha relevância, como a Presidência da República, seus apoiadores se rebelam de maneira furiosa, como se a realidade dos fatos não falasse por si. E no regime democrático não há espaço para políticos oportunistas que arriscam usar a máquina pública para criar o próprio partido político.

Covarde contumaz, Bolsonaro, afirmou nesta quarta-feira (15), ao deixar o Palácio da Alvorada, que não viajará o Brasil para participar de eventos em apoio à criação do seu novo partido. Ou seja, o presidente mudou o discurso, sem que a população tivesse cobrado explicações sobre a declaração anterior.

Bolsonaro e seus rebentos acostumaram-se a nomear ‘funcionários fantasmas” em seus gabinetes, assim como fazem muitos políticos Brasil afora, por isso o presidente da República insiste em acreditar que pelo fato de ocupar o principal gabinete do Palácio do Planalto pode tudo e mais um pouco. Pelo que se sabe, o Brasil ainda é uma democracia e o Estado de Direito continua prevalecendo.