Claque obediente – Alguns jornalistas brasileiros, que se apresentam como analistas políticos, simplesmente desconhecem o significado da palavra “análise”. Cumprir ordens de um governo não é análise política, mas, sim, vender a consciência. E é exatamente neste ponto que reside o ufanismo do PT, que tenta escapar das reticências do julgamento da Ação Penal 470.
Esses genuflexos profissionais da imprensa têm insistido na tese de que Luiz Inácio da Silva é o grande vencedor das eleições municipais, apenas porque o ex-metalúrgico elegeu Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo. Não se trata de ignorar a importância da maior cidade do País, mas de analisar dados extraídos das urnas.
De acordo com o resultado proclamado pelo Tribunal Superior Eleitoral, Fernando Haddad foi eleito com 55,57% dos votos válidos. Considerados as abstenções e os votos nulos e brancos, Haddad elegeu-se com 39,30% dos votos. Ou seja, 60,70% dos eleitores não votaram no candidato do messiânico Lula.
Por outro prisma que os tais analistas políticos sequer consideraram, Haddad venceu a eleição à prefeitura paulistana derrotando um adversário com 52% de rejeição, neste caso o tucano José Serra, situação que foi agravada pela incompetência de Gilberto Kassab. Nessa situação, qualquer candidato embalado por um cipoal de mentiras se elege com facilidade.
Analisando as disputas em outras importantes cidades brasileiras, Lula foi o grande perdedor em Manaus, Recife, Fortaleza, Salvador Belo Horizonte, Campinas e Diadema, entre outras. Ora, se esse amontoado de fracassos eleitorais é considerado vitória, que esses genuflexos analistas políticos expliquem o significado de derrota.