Medo de apagão leva o ministro da Educação a marcar o Enem no meio de feriado prolongado

Vela na mão – Em novembro de 2009, logo após o apagão que deixou dezoito estados brasileiros na escuridão, a então ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) abusou de sua conhecida diplomacia ao afirmar que, apesar do ocorrido, o Brasil estava livre de interrupções no fornecimento de energia elétrica.

Apresentada ao eleitorado verde-louro como garantia de continuidade, Dilma não desapontou seu mentor, o messiânico Lula, e tem exibido competência idêntica. Depois de quatro apagões em apenas dois meses, o governo federal ordenou uma operação “pente fino” em todo o sistema de transmissão de energia elétrica. Ou seja, o que Dilma Rousseff disse em 2009 durou apenas três rápidos anos.

Para confirmar a inoperância do governo, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que o dia da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi escolhido para afastar qualquer risco de apagão. Mesmo assim, equipes estarão a postos no feriado prolongado de finados, caso ocorra algum incidente no sistema elétrico. Mercadante explicou que por conta do feriado a atividade industrial estará quase paralisada, o que diminuiu o consumo de energia.

A vulnerabilidade do País em relação à transmissão de energia é tamanha, que a FIFA já externou sua preocupação com a possibilidade de apagões ocorrerem durante os jogos da Copa do Mundo de 2014. Como disse certa vez o abusado Luiz Inácio, “nunca antes na história deste país”.