Antes de palpitar na segurança de SP, Dilma deveria se preocupar com a Bahia, Espírito Santo e Alagoas

Oportunismo barato – Embalada pela vitória de Fernando Haddad na disputa pela prefeitura de São Paulo e de olho na eleição presidencial de 2014, a presidente Dilma Rousseff tentou empurrar ao governador Geraldo Alckmin uma parceria com o governo federal para combater a onda de violência na capital paulista e seus arredores.

Muito antes de querer solucionar o problema que inexplicavelmente cresceu nas últimas semanas, a oferta palaciana tem como objetivo a desconstrução do PSDB, partido que faz ferrenha oposição ao governo federal e que domina politicamente o estado que é o sonho dos petistas.

Se a preocupação da presidente fosse de fato acabar com a violência na maioria das cidades brasileiras, reforçaria o patrulhamento das fronteiras brasileiras, por onde passam livremente armas e drogas. Como esses crimes são a única fonte de recursos das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que integram o Foro de São Paulo, o governo do PT prefere fechar os olhos.

Por outro lado, Dilma poderia começar oferecendo essa parceria contra o crime para o governador da Bahia, onde a taxa de homicídios é de 37 por cem mil habitantes, enquanto em São Paulo é de 10,5. Ou seja, na Bahia do petista Jaques Wagner a taxa de homicídios é quase quatro vezes a do estado de São Paulo do tucano Geraldo Alckmin.

Para se ter ideia do oportunismo do PT palaciano, a taxa no Rio de Janeiro é de 30 homicídios por cem mil habitantes, no Espírito Santo é de 56,9 e em Alagoas, de 66,8.