Após atentado em São Petersburgo, governo russo promete cadastrar torcedores da Copa do Mundo

O atentado terrorista perpetrado nesta segunda-feira (3) no metrô de São Petersburgo, que deixou onze mortos e dezenas de feridos, revelou aos especialistas em segurança que a Copa de 2018 na Rússia e a Copa das Confederações deste ano servirão para testar os mais distintos sistemas de segurança e medidas antiterroristas adotados por Moscou.

Para tentar identificar todos os torcedores, o governo russo exigirá que todos os estrangeiros e grupos locais sejam fichados e carreguem sempre uma espécie de carteira de identidade específica para o evento.

Se o documento, os torcedores não poderão ingressar nos estádios nem ter acesso às linhas de transporte nas cidades que receberão jogos de ambas as competições.

O Kremlin insiste que o principal objetivo das medidas de segurança será evitar que hooligans entrem nos estádios. Porém, o sistema tentará cruzar as informações com bancos de dados de nomes de pessoas suspeitas de ter algum envolvimento com o terrorismo, algo que dependerá da colaboração de vários países. Os estrangeiros que forem à Rússia para acompanhar a Copa das Confederações e a Copa do Mundo de 2018 devem ser monitorados, mas o problema maior são os separatistas chechenos.


Oficialmente, a FIFA e o Comitê Organizador Local insistem que, apesar dos mortos na cidade que será sede de alguns dos jogos mais importantes dos torneios, o plano de segurança dá garantias aos torcedores de que não será um risco viajar à Rússia.

“Com relação às preparações para a Copa das Confederações e a Copa do Mundo, autoridades locais começaram a preparar um planejamento detalhado de segurança, desde que o país foi escolhido como sede”, ressaltou a FIFA em comunicado de imprensa emitido nesta segunda-feira.

“A FIFA e o Comitê Organizador têm total confiança nos arranjos e no conceito de segurança planejados para esses próximos eventos”, indicou a entidade, em e-mail no qual afirmou estar “chocada e triste” com as explosões na Rússia.

Contudo, longe das manifestações oficiais, nos bastidores da entidade máxima do futebol planetário é grande a preocupação dos cartolas com a possibilidade de atentados durante a Copa do Mundo e a Copa das Confederações.

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