Confusão de sobra – O crescente imbróglio que se formou na órbita do sumiço do Boeing 777-200 da Malaysia Airlines avançou nesta quinta-feira (13) com a informação, divulgada pela Casa Branca, de que as buscas podem ser estendidas também ao Oceano Índico e pela negação, por parte das autoridades da Malásia, de que haja qualquer pista de que a aeronave tenha voado por cinco horas ou mais após perder contato com o controle de tráfego aéreo da região.
Em entrevista coletiva em Washington, Jay Carney, porta-voz da Casa Branca, afirmou que a nova área de buscas do avião deve ser ampliada com base em informações recentes. Contudo, Carney não detalhou quais eram os novos dados e limitou-se a dizer que os mesmo não eram conclusivos.
“Uma área adicional pode ser aberta no Oceano Índico. Estamos consultando nossos parceiros internacionais para ver quem mobilizar”, afirmou Carney. Na terça-feira, as autoridades malaias já haviam expandido a área de busca, de forma a incluir as águas a oeste da Malásia peninsular.
De acordo com investigadores norte-americanos, citados em reportagem do “The Wall Street Journal”, a aeronave – que levava 239 pessoas a bordo – teria voado por uma distância adicional de 3.500 quilômetros, podendo chegar até a fronteira do Paquistão ou o Oceano Índico.
Os dados sobre o voo teriam sido obtidos a partir de informações enviadas automaticamente a partir dos motores do avião para a Rolls-Royce, fabricante do equipamento. No início das investigações, porém, a Malaysia Airlines havia dito que os motores pararam de transmitir sinais quando o contato com a aeronave foi perdido.
Mas o ministro dos Transportes da Malásia, Hishammuddin Hussein, disse que, baseado em informações da Rolls-Royce (fabricante das turbinas) e da Boeing, “esses relatos são imprecisos”. A última transmissão de dados do avião, segundo ele, foi de fato à 01h07 (hora local), indicando que estava tudo normal.
Também nesta quinta-feira, foi confirmado que eram falsas as imagens com objetos flutuantes captadas por um dos satélites que a China empregou para tentar localizar o avião, desaparecido no sábado no trajeto Kuala Lampur-Pequim.
As autoridades malaias haviam enviado aviões para verificar os supostos destroços do avião desaparecido após o governo chinês publicar em um site oficial três imagens captadas por um de seus satélites de “objetos flutuantes”.
O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, disse que, apesar das dificuldades, seu país não abandonará a busca pelo avião até encontrá-lo. “Enquanto restar um fio de esperança, não retrocederemos e continuaremos a busca”, disse Li. (Com agências internacionais)