Jogo de cena – Líder do Democratas no Senado Federal, Ronaldo Caiado (GO) afirmou nesta quinta-feira (25) que a honrosa recepção concedida, em Caracas, a senadores simpatizantes do bolivarianismo prova a conivência do governo de Dilma Rousseff com a ditadura venezuelana.
O senador disse em plenário que recebeu relatos de jornalistas que acompanham a missão de senadores governistas à capital da Venezuela e as informações são de que foram recebidos por batedores do governo de Nicolás Maduro, apoiados por representantes do Itamaraty e tiveram livre acesso a Caracas. Situação bem diferente da verificada na última semana, quando outra missão de parlamentares da oposição mal conseguiu circular a poucos metros fora do aeroporto, sendo que os integrantes foram agredidos por manifestantes e abandonados pela diplomacia brasileira.
“Recebi notícias de que missão chapa branca não encontrou nenhum engarrafamento, foram recebidos com toda a liturgia, um número incontável de batedores, tapete vermelho, tiveram todo apoio do Itamaraty e conseguiram acesso a todos os lugares onde haviam marcado suas audiências. Bem diferente da nossa situação em que ficamos aprisionados, sitiados e fomos agredidos por manifestantes”, relatou Caiado. “A recepção aos simpatizantes do bolivarianismo foi bem diferente. Essa situação é grave e prova com fatos a conivência da presidente Dilma, do governo do PT a ditadura da Venezuela”, pontuou.
Caiado reforçou a necessidade da presença do chanceler Mauro Vieira, chefe do Itamaraty, e do embaixador brasileiro na Venezuela, Ruy Pereira, na Comissão de Relações Exteriores para esclarecer a real posição do governo brasileiro em relação à Venezuela. “Precisamos trazer o embaixador e o chanceler para esclarecer se a posição do Brasil é a mesma da Venezuela. Hoje, não conseguimos nem transitar em Caracas. Se existisse o bolivarianismo no Brasil estaríamos presos? Essa é vontade do atual do governo?”, disse Caiado.
No caso da missão anterior, composta por senadores oposicionistas que pregam a democracia e declararam apoio aos adversários do tiranete Nicolás Maduro, o tratamento truculento e intimidador dispensado aos parlamentares brasileiros foi previamente combinado entre assessores da presidente Dilma Rousseff e o staff do Palácio de Miraflores, sede do Executivo venezuelano, tudo sob as bênçãos criminosas da ditadura de Havana, que há mais de cinco décadas está nas mãos dos facinorosos irmãos Fidel e Raúl Castro.
Quando os senadores brasileiros foram hostilizados em Caracas, tendo violado do direito de ir e vir, muitos questionaram a ida dos parlamentares ao país vizinho, alegando que no Brasil há muito a se tratar. A grande questão, subliminar e preocupante, envolvendo esse assunto é que o Brasil precisa mostrar resistência a esse tipo de regime totalitarista, pois a democracia brasileira corre um sério risco de ser capitulada pelas teorias esquerdistas que grassam no Palácio do Planalto.