CPI da Petrobras: PPS entrega pedido de acareação entre Vaccari Neto, Barusco e Renato Duque

corrupcao_20Olho no olho – Integrantes da CPI da Petrobras, os deputados Eliziane Gama (PPS-MA) e Moses Rodrigues (PPS-CE) protocolaram na noite de terça-feira (10) pedido para que o colegiado promova a acareação entre o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, o ex-gerente da Área de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco, e o ex-diretor de Engenharia e Serviços da estatal, Renato Duque.

Em depoimento prestado na CPI, Barusco apontou Renato Duque e o dirigente petista como beneficiários do esquema de pagamento de propina, investigado pela Operação Lava-Jato. O ex-gerente disse que estimava em U$ 200 milhões o tamanho da propina paga ao PT e afirmou que parte do dinheiro financiou a campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010.

“Colocar frente a frente estes três senhores é de fundamental importância para os trabalhos da CPI que investiga uma das pontas do esquema, ou seja, o abastecimento de caixas de partidos políticos com o dinheiro desviado da Petrobras”, justificou Eliziane Gama.

O requerimento de acareação precisa ser votado pelos integrantes da comissão parlamentar de inquérito. Eliziane é autora de pedidos de quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do tesoureiro do PT e de familiares dele. Ela defende que o acesso a estes dados deve ser aprovado o mais rapidamente possível.

A acareação certamente elucidará uma série de pontos obscuros da Lava-Jato, mas de nada adiantará tal procedimento se na seqüência outros envolvidos não forem convocados para prestar depoimento. É o caso de Lula, Ideli Salvatti, José Dirceu e Antonio Palocci Filho. De acordo com depoimento do delator Alberto Youssef, doleiro do esquema criminoso, todos, Lula, Ideli, Dirceu e Palocci sempre souberam do Petrolão, criado em 2005 pelo então deputado federal José Janene, já falecido.

Há no escopo da Operação Lava-Jato um sem fim de crimes cometidos que ainda não foram descobertos, mas dependendo do andamento da CPI da Petrobras os culpados serão flagrados pela Polícia Federal, pois ainda á grande a movimentação nos bastidores para se arrecadar dinheiro sujo. Isso porque o clima do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff é de “fim de governo”, período em que as ratazanas do poder saem do esconderijo e passam a agir de forma deliberada.

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