Nesta terça-feira, 20 voluntários foram vacinados durante uma apresentação dos testes num centro médico na periferia de Conacri. “Os testes têm por objetivo verificar a eficácia e a inocuidade da vacina contra o Ebola”, declarou o médico Aboubacar Soumah, da MSF.
Ainda segundo o médico, “qualquer pessoa vacinada é submetida a uma observação de 30 minutos para ver se não há reações”, acompanhada em intervalos predeterminados. Sakoba Keita, vacinado no último dia 7, relatou se “sentir bem” e não ter verificado efeitos colaterais.
A VSV-EBOV, uma das duas vacinas mais avançadas contra o vírus, foi disponibilizada pela Agência de Saúde Pública do Canadá.
Outra vacina, desenvolvida pela farmacêutica britânica GSK (GlaxoSmithKline) com o Instituto Americano de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID) está sendo testada desde fevereiro na Libéria.
A epidemia de Ebola na África Ocidental é a mais grave desde a identificação do vírus na África Central, em 1976. A mesma começou em dezembro de 2013 no sul da Guiné antes de se propagar para a Libéria e Serra Leoa, e matou cerca de 10.000 pessoas, “um número subestimado”, segundo a OMS.
Na Guiné, foram mais de 2.100 vítimas fatais do vírus para quase 24.000 casos registrados. (Por Danielle Cabral Távora)