De saída – Em reunião com Dilma Rousseff na noite desta terça-feira (2), o vice-presidente Michel Temer chegou a receber um convite para substituir o ministro da Defesa, Nelson Jobim. Após recusar de pronto, Temer, inclusive, consultou peemedebistas mais próximos, chegando à conclusão de que o mais apropriado seria declinar do convite, depois de lembrar o que aconteceu com o ex-vice-presidente José Alencar.
É um caso semelhante ao do então candidato que aceitou completar a chapa de Luiz Inácio Lula da Silva e assinou o seu reduzido plano de atuação política. Em outras palavras, perdeu o espaço de atuação política.
A saída de Jobim está condicionada à presidente da República encontrar um substituto à altura do cargo e que aceite a condição palaciana. Dilma Rousseff continua atrás de um nome. Segundo apurou o ucho.info, Temer não tocou no assunto referente a uma possível indicação.
O líder Renan Calheiros (PMDB-AL) confirmou à reportagem que houve um jantar entre ele, Jobim e Temer, ainda na terça-feira à noite. O cardápio principal foi situação política do governo Dilma. Foi feita uma ampla análise a partir da crise provocada pelas denúncias de pagamento de propinas nos ministérios. “O PMDB está unido, até por conta da própria sobrevivência”, Renan Calheiros, no entanto, desmentiu que Temer tivesse sido convidado por Dilma.
O PMDB mantém a aliança com o PT por conta de uma série de compromissos assumidos há alguns anos, quando foi construída essa coalizão partidária. Entretanto, o PMDB trabalha com a hipótese de lançar candidatura própria à Presidência da República em 2014.
Na segunda-feira, o site publicou que há duas semanas, Nelson Jobim teria comentado com um amigo próximo que pretendia deixar o cargo. E que arrumaria um motivo para que a presidente Dilma o demitisse. Na semana anterior, Jobim falou fora de contexto, como observou no último domingo (31) o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, ao declarar que na eleição presidencial do ano passado votou no tucano José Serra.