Sem noção – Todos sabem que Dilma Rousseff, assim como a extensa maioria dos esquerdistas brasileiros, cultua ditadores mundo afora, mas um chefe de Estado precisa de doses mínimas de bom senso para ocupar o cargo.
Horas antes do início da mais recente reunião dos países que integram os BRICS, Dilma e o russo Vladimir Putin selaram um acordo. O Brasil, assim como os demais países, não inseririam no documento final do encontro temas relacionados à crise na Ucrânia e à autoritária anexação da Crimeia. Isso porque Putin está vivendo uma tremenda saia justa no cenário internacional e perdendo forca política na porção leste do planeta.
Assim como combinado, o encontro dos chamados países emergentes terminou sem qualquer menção ao cabo de guerra que se formou entre ucranianos e separatistas pró-Rússia, estes armados e financiados pelo Kremlin. Sem representar a totalidade da sociedade brasileira, até porque sua postura diante de determinados fatos é inaceitável, Dilma adotou um silêncio obsequioso em relação à crise ucraniana, cujo culpado maior é o próprio Putin.
Momentos depois da tragédia com o Boeing 777 da Malaysia Airlines, abatido por um míssil enquanto sobrevoava a parte do território ucraniano ocupada pelos rebeldes separatistas, Dilma abusou da bizarrice discursiva ao tentar defender o companheiro Vladimir Putin. Disse a presidente que o governo brasileiro não se posicionará sobre a queda do avião malaio até que haja informações mais claras sobre o acidente. Após a reunião da Cúpula China-Brasil e líderes da América Latina e do Caribe, Dilma disse que é preciso ser prudente.
“Tem um segmento da imprensa dizendo que o avião que foi derrubado estava na rota da volta do presidente Putin, que coincidia o horário e o percurso. Eu acho que é importante ter claro que não é um míssil de fácil manejo. Então, nós temos que olhar de fato o que realmente aconteceu. O governo brasileiro não se posicionará quanto a isso até que fique mais claro, por uma questão não só de seriedade, como também de prudência”, afirmou a petista.
A presidente pode dizer o que bem quiser, pois, ainda que em tese, o Brasil é uma democracia que preserva a livre manifestação do pensamento, mas não se pode aceitar uma declaração dessa natureza diante de um atentado terrorista que colocou abaixo uma aeronave comercial e fez pelo menos 298 mortos, apenas porque Vladimir Putin quer recuperar o prestígio político por meio da desestabilização regional e a anexação de territórios que não pertencem ao seu país.
Dilma, sabem os leitores, é adepta confessa de atos terroristas, até porque seu passado fala por si só, mas a mandatária verde-loura perdeu uma grande chance de ficar calada e não destilar a sua essência truculenta, sempre a favor do totalitarismo esquerdista.
É importante que os brasileiros atentem para esse fato absurdo, uma vez que o “vale-tudo” poderá ser adotado em breve caso o PT seja derrotado na eleição presidencial que se avizinha, o que inviabilizará a implantação do projeto de poder da legenda, que vem se espelhando na ditadura bolivariana que há anos consome a vizinha e combalida Venezuela.