Economia está desmoronando em capítulos, mas Dilma ousa dizer que está tudo bem e sob controle

Fio trocado – Os discursos de Dilma Vana Rousseff, a presidente inoperante, estão perdendo o prazo de validade. Além de ufanistas, esses palavrórios oficiais trazem afirmações que são desmentidas por números, muitas vezes do próprio governo.

No pronunciamento que fez em alusão ao 1º de Maio, Dilma garantiu aos incautos que a inflação está sendo combatida com firmeza pelo governo e que a economia há de crescer nos próximos meses. Conversa fiada da pior qualidade, que qualquer estreante em Economia sabe identificar.

Não há como controlar a inflação sem a adoção de medidas estruturais, impopulares e definitivas. E por conta do projeto de reeleição a presidente Dilma procurará empurrar o problema até onde der, não importando o que aconteça com o País, desde que consiga permanecer mais quatro anos no Palácio do Planalto depois de 2014.

A crise avança a passos largos, a ponto de colocar o Brasil à beira do despenhadeiro, mas Dilma prefere ignorar os dados do Ministério do Desenvolvimento, que nesta quinta-feira (2) informou o resultado da balança comercial no mês de abril: déficit de US$ 994 milhões, o pior resultado para os meses de abril desde o início da série histórica.

Esse cenário explica o processo de desindustrialização pelo qual passa o País, situação que foi comunicada pelo ucho.info ao governo do então presidente Lula em 2005. Como à época os palacianos estavam empenhados em abafar o escândalo do Mensalão do PT, o assunto foi deixado de lado e a nós coube o rótulo de loucos que torcem contra.

O quadro econômico perde a visão do horizonte quando analisada a infraestrutura do País. E essa radiografia, a cada dia pior, tem servido para afugentar investidores estrangeiros, que têm levado o dinheiro para outros destinos.

Para se ter ideia do que nos espera em termos de desenvolvimento nos próximos anos, a temporada de chuva acabou e o nível de água nos reservatórios das hidrelétricas é o mais baixo desde 2001. De acordo com informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), as represas das hidrelétricas do sistema Sudeste/Centro-Oeste, responsáveis por pela geração de 70% da energia que abastece o País, fecharam o mês abril (dia 30) com 62,4% de armazenamento de água. O dobro do nível registrado em 2001, quando houve racionamento de energia, mas muito pouco para sustentar a bolha de virtuosismo lançada por Lula.

Como sempre afirmamos, Dilma pode dizer o que bem entende não por causa do status do cargo que ocupa, mas pelo fato de o Brasil ainda ser uma democracia, mas não se pode contrariar números da balança comercial e muito menos o nível das represas das hidrelétricas. Com esses números, qualquer previsão entusiasmada sobre o crescimento da economia em 2013 é caso para internação no hospício mais próximo.

Sem infraestrutura não há geração de empregos. Sem novos postos de trabalho não há consumo. Sem consumo não há arrecadação de tributos e muito menos reaquecimento da economia. Mas a mentira continuará sendo embalada até 2014, pois o PT não quer e sequer pode perder essa mamata milionária em que se transformou o poder central. E para que Brasília se transforme na versão verde-loura de Caracas não será preciso muito tempo. Até porque, candidatos a ditador é o que mais sobra na esquerda tupiniquim.