Gilberto Carvalho deve explicações sobre a morte de Celso Daniel, mas defende investigação da Siemens

gilberto_carvalho_08Óleo de peroba – Secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho é um abusado convicto. Tio do presidente do Cade, Vinícius Duarte de Carvalho, o estafeta palaciano é mais novo artista no palco que o PT montou para atacar os adversários e tirar o foco que incide sobre a prisão dos mensaleiros petistas, protagonistas do maior escândalo de corrupção da história nacional.

Nesta quinta-feira (5), Gilberto Carvalho disse que o PSDB faz teatro no caso do escândalo do cartel liderado pela Siemens, criado para fornecer material metroferroviário ao Metrô de São Paulo e à Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). “O PSDB está fazendo um jogo de não ir ao ponto, um teatro, se eximindo de dar respostas. Esse tratamento diferenciado é que é inaceitável. No caso do PT, nossos acusados foram condenados antes do STF, publicamente, e agora é o contrário”, declarou o secretário da Presidência.

Sempre disfarçando a arrogância por trás de um comportamento de sacristão, Gilberto Carvalho, como dez entre dez petistas, não perdeu a oportunidade de criticar a imprensa. “Você compara o tratamento que a imprensa tem dado ao caso de São Paulo e ao caso do pessoal do PT, veja a diferença. Tirando o [jornal] O Estado de S. Paulo, não se pergunta pelo crime, se recrimina o acusador. Em São Paulo os volumes de recursos públicos passíveis dessa acusação são muito, muito maiores do que os recursos públicos em jogo no caso do mensalão”, afirmou.

Primeiramente é preciso frisar que nenhum veículo da imprensa brasileira defende a corrupção, mas, sim, uma investigação isenta e desprovida de rapapés. O documento entregue à Polícia Federal pelo ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, é vergonhoso, pois na versão traduzida para o português traz os nomes de políticos da oposição, os quais não constam no original.

Carvalho é o mais novo integrante do governo a cumprir ordens absurdas da presidente Dilma Rousseff, que por imposição do PT não pode permitir que a reação do PSDB reverbere a ponto de prejudicar sua reeleição e os planos políticos da legenda. No contraponto, o PSDB é um partido que não sabe fazer oposição e tem medo de enfrentar os bandoleiros petistas. Reagem às acusações como quem usa punhos de renda, cheio de não me toque.

Se Gilberto Carvalho é o mais novo paladino da moral em atuação na Esplanada dos Ministérios, que exija do companheiro José Eduardo Cardozo e da Polícia Federal a continuidade da investigação do escândalo ancorado por Rosemary Noronha, a namorada do lobista Lula – a afirmação é da própria “Marquesa de Garanhuns”. Rose, como é conhecida a filial do líder petista, capitaneou um esquema de venda de pareceres e tráfico de influência, mas por ordem do Palácio do Planalto a investigação não avançou. Até porque, nas gravações feitas pelos policiais há diálogos extremamente comprometedores entre Rose e o ex-presidente.

Considerando que Rose tornou-se intocável, pois uma devassa no caso mandaria pelos ares a mentira ambulante em que se transformou o messiânico Lula, que Gilberto Carvalho venha a público e explique, com a mesma coragem com que defende a circense investigação do caso Siemens, os fatos que culminaram com o brutal e covarde assassinato de Celso Daniel, então prefeito de Santo André e cotado para coordenar a campanha de Lula, em 2002.

Um ser que após um assassinato se presta a comentar em conversas telefônicas o comportamento de viúva da então namorada de Celso Daniel, não tem moral para fazer qualquer tipo de acusação. Covarde conhecido que usa o cargo para se sobressair diante de terceiros, Gilberto Carvalho deveria rever suas declarações, pois o PT foi contemplado com a “cegueira de encomenda” das autoridades que investigaram o caso do Mensalão, uma vez que não conseguiram enxergar o nascedouro dos contratos bancários fictícios que, entre tantos delitos, levaram José Genoino e Delúbio Soares à condenação.

Abaixo seguem os links das gravações telefônicas do caso Celso Daniel, feitas pela polícia, cuja divulgação exclusiva, à época, rendeu ao editor do ucho.info processos judiciais e intimidações de toda ordem, inclusive de um ex-ministro do STF que foi cooptado pelo partido.

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