Lama no ventilador – Ex-chefe da Casa Civil (o que foi uma aberração) e senadora pelo PT paranaense, Gleisi Hoffmann recebeu doações de empresas investigadas pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. Algumas dessas empresas são investigadas por terem, de forma já comprovada, depositado recursos nas contas da MO Consultoria, empresa de fachada do doleiro Alberto Youssef, ou são suspeitas de colaborar para o esquema de coleta de recursos tocado por Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras.
Gleisi, que tem como coordenador de sua campanha o deputado federal André Vargas, apontado pela PF como sócio de Alberto Youssef no Labogen, laboratório-lavanderia criado para lesar o Ministério da Saúde, faz parte de um grupo de 121 parlamentares da atual legislatura, identificados em matéria do site da revista Veja como beneficiários do esquema Youssef.
O levantamento feito pelo site de VEJA nos registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revela que 96 dos parlamentares da Câmara dos Deputados e 25 do Senado Federal estão na lista de beneficiados por repasses feitos por fornecedores da agora suspeita Petrobras. O grupo de congressistas recebeu, ao todo, R$ 29,7 milhões de um conjunto de 18 grupos empresariais.
A Camargo Corrêa, empreiteira apontada pelo próprio André Vargas como tendo ligação especial com o ministro Paulo Bernardo da Silva (Comunicações), marido de Gleisi, tem uma bancada de 31 deputados e oito senadores. Entre eles, Gleisi Hoffmann, de acordo com matéria do site da Veja:
“Suspeita de ter liberado mais de 7,9 milhões de reais em propinas a Costa e Youssef, a Camargo Corrêa financiou 31 deputados federais e oito senadores em atuação no Congresso. Entre os suspeitos, é o grupo com maior quantidade de parlamentares financiados no poder. No Senado, foram beneficiados parlamentares como o líder do PT, Humberto Costa, e futuros candidatos petistas a governos estaduais, como Lindbergh Farias (RJ) e Gleisi Hoffmann (PR). Cada um recebeu 1 milhão de reais para tocar a campanha.”
A matéria de Veja confirma a fama de Gleisi de ser a “rainha das empreiteiras”:
“No Senado, Gleisi e Lindbergh são os parlamentares com mais vínculos financeiros com investigados na operação Lava-Jato. Cada um recebeu de cinco fornecedores envolvidos na operação. Só da OAS, que depositou 1,6 milhão de reais em contas da empresa de fachada comandada por Youssef, Gleisi recebeu um milhão de reais em doações oficiais na eleição de 2010, enquanto Lindbergh angariou 200.000 reais. A OAS financiou, no total, 24 deputados federais e sete senadores em exercício. É o segundo grupo em quantidade de parlamentares financiados.”