Gleisi não suporta repercussão do caso do ex-assessor pedófilo e processa o editor do ucho.info

gleisi_hoffmann_14Dita branda – Ainda chefe da Casa Civil, a petista Gleisi Hoffmann parece se alimentar com pílulas de totalitarismo. Ao que tudo indica, a ministra não ouviu com a devida atenção a presidente Dilma Rousseff, que disse preferir o ruído da democracia ao silêncio de um regime de exceção. O ruído da democracia engloba o direito à livre manifestação do pensamento, algo que Gleisi prefere ignorar.

Descontente com a repercussão do caso do pedófilo que ela própria levou para a Casa Civil, a ministra tem demonstrado que prefere sufocar o assunto. Isso porque Gleisi Hoffmann é candidata ao governo do Paraná nas eleições do próximo ano. Petistas declararam recentemente que o escândalo que vitimou dezenas de meninas menores de idade, todas estupradas pelo monstro da Casa Civil, não interferiria na campanha da candidata da legenda ao Palácio Iguaçu, mas não é isso que demonstra Gleisi.

Como se noticiar a verdade fosse crime, a ministra-chefe da Casa Civil decidiu processar o editor do ucho.info na Justiça Criminal por difamação. Não bastasse ter cometido um equívoco ao escolher a cidade de Curitiba como foro de outro processo que move contra o editor (caso das APAEs), Gleisi repete o erro no processo criminal em questão.

Trata-se de um vilipêndio à lógica do Direito, pois é sabido que os processos devem tramitar no foro do réu, não no da suposta vítima. Essa insistência por parte da ministra e de seus advogados é no mínimo estranha, porque não afirmar que tem o viés proposital. Tal estratégia é conhecida entre jornalistas que criticam de forma verdadeira as autoridades, as quais costumeiramente se valem desse rapapé jurídico como forma de complicar a vida de um desafeto, que terá maiores gastos e transtornos logísticos ao ser processado em foro que não o seu.

A estratégia de Gleisi serve apenas e tão somente para dar uma satisfação aos eleitores que pretende conquistar no Paraná. Com a interposição da ação em foro equivocado, a petista, mesmo sabendo da derrota que tem grandes chances de surgir a reboque de decisão do Tribunal de Justiça do Paraná, tentará se defender das matérias jornalísticas deste site, sempre verdadeiras e atreladas à realidade dos fatos, alegando que já processa na esfera criminal o editor do ucho.info.

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O mais interessante em mais essa epopeia tempestiva é que Gleisi Hoffmann erra sobremaneira ao nomear um estuprador em série como assessor especial, mas não aceita ser cobrada por um ato que é enorme aberração e atenta contra a segurança da Presidência da República, uma vez que o pedófilo trabalhou durante longos meses a poucos metros do gabinete da principal autoridade do País.

Se a mídia amestrada se contenta em ignorar o caso, o que deve acontecer por alguma razão, a este noticioso cabe o dever de não apenas revelar os fatos que marcam esse episódio hediondo, não sem antes cobrar uma explicação convincente dos palacianos. Os brasileiros não podem, em hipótese alguma, aceitar o “faz de conta” que os atuais governantes insistem em perpetuar, porque é preciso que a nação e seus cidadãos sejam devidamente respeitados.

O Brasil ainda é uma democracia, ainda que muito arranhada, e por conta disso não aceitaremos de forma passiva as investidas de alguém que procura intimidar seus críticos por meio de ações judiciais descabidas. A bizarrice toma conta dos fatos porque a ministra levou para a Casa Civil um pedófilo, acusado de estupro de vulneráveis, mas às garras da lei é arremessado um jornalista que, ao cumprir a obrigação de defender os brasileiros, cobra explicações.

Gleisi tem o direito de acreditar que nada há de errado ou ilegal em colocar um estuprador de menores ao lado do gabinete presidencial, mas se essa é a vertente da verdade suprema, que o governo extinga o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), a quem cabe, entre tantas obrigações, investigar o currículo dos que passam a gravitar na órbita do poder.

Este site, assim como seu editor, não acredita que o GSI e a ABIN deixaram de, seguindo o que manda a legislação, cumprir suas obrigações. Alguma ordem superior deve ter invalidado o trabalho dos dois órgãos e garantido a nomeação do pedófilo.