Há alguns dias, a esquerda festiva que integra a tropa de choque de Dilma Rousseff na Comissão Especial do Impeachment tentou creditar ao presidente interino a responsabilidade pelo estupro coletivo ocorrido no Rio de Janeiro e de que foi vítima uma jovem de 16 anos. O objetivo era passar à parcela incauta da população a ideia de que o violento e hediondo crime só ocorreu porque Dilma foi afastada da Presidência da República. Para dar doses extras de sandice à iniciativa, esquerdistas tentaram emplacar a tese de que é machista o golpe, que não existe.
Agora, com a prisão do ex-ministro Paulo Bernardo da Silva, marido da senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR), uma das mais ensandecidas defensoras da presidente afastada, novas teorias do absurdo começam a ser balbuciadas pela “esquerda caviar”, que nem por isso deixa de ser covarde e bandoleira.
Senadora pelo PCdoB do Amazonas, Vanessa Grazziotin é a autora da primeira grande pérola a brotar da prisão do “companheiro” Paulo Bernardo. Disse a comunista Vanessa que a prisão do ex-ministro, no rastro da Operação Custo Brasil, deflagrada na manhã desta quinta-feira (23), é mais uma armação do governo de Michel Temer, que com isso tenta abreviar o processo que deve confirmar o impedimento de Dilma.
A senadora do PCdoB afirmou que a prisão de Paulo Bernardo serve para “mascarar outras denúncias que envolvem membros do governo interino”. Grazziotin não poderia reagir de forma distinta, pois Paulo Bernardo apoiou a senadora comunista na disputa pela prefeitura de Manaus, em 2012 (vídeo abaixo).
Nada pode ser mais complexo e controverso do que a “não aceitação” por parte do ser humano. Quando isso acontece, segundo a psicologia, a “não aceitação”, resistência interior a algo que acontece ou já aconteceu, surge uma onda de negatividade que faz sofrer por não aceitar determinado resultado. E é exatamente isso que a esquerda verde-loura faz diante do quadro quase irreversível do impeachment de Dilma Rousseff.
Não se pode tirar o direito do cidadão de lutar por seus ideais, mas é preciso estabelecer limites para que essa batalha não caia na vala do ridículo, como acontece com a tropa de choque da presidente afastada.
O que Vanessa Grazziotin tenta fazer é transferir a Michel Temer a responsabilidade pela roubalheira escandalosa e deliberada que aconteceu no Ministério do Planejamento, como se o então ministro da pasta não tivesse responsabilidade. O receptor da propina desviada do Planejamento acusou Paulo Bernardo, mas a senadora quer que a culpa seja de Temer, apenas porque o peemedebista assumiu o posto de Dilma.