Interferência do MPF na crise hídrica do sistema Cantareira é armação do PT para fustigar adversários

agua_18Missa encomendada – Quando a crise do abastecimento de água na cidade de São Paulo veio à tona, o ucho.info afirmou na sequência que o tema não demoraria muito para subir no palanque do Partido dos Trabalhadores, que busca incessantemente uma forma para tomar de assalto o Palácio dos Bandeirantes, sede do Executivo paulista. A exemplo do que tentam fazer com o presidenciável tucano Aécio Neves em relação ao aeroporto construído na cidade mineira de Cláudio, os petistas querem impor “saia justa” ao governador Geraldo Alckmin.

Há dias, após participar de reunião para discutir a crise hídrica que afeta o sistema Cantareira, responsável por 60% do abastecimento de água na cidade de São Paulo, a ministra Izabella Teixeira, do Meio Ambiente, fez declarações que deixaram evidente o desejo petista de manipular o tema, uma vez que por conta dos tropeços nas pesquisas de intenção de voto o partido tenta reverter o quadro com armações rasteiras e covardes.

No vácuo da declaração de encomenda da ministra, o Ministério Público Federal concedeu prazo de dez dias para que o governo paulista adote o racionamento de água, sob a desculpa de que é preciso proteger as represas que formam o sistema Cantareira. A exigência, que em caso de descumprimento pode culminar em ação judicial, foi imposta também à Sabesp, empresa responsável pelo saneamento básico no estado de São Paulo.

O MPF alega que sua ingerência no caso decorre do fato de a água que abastece o sistema Cantareira estar sob o guarda-chuva da União, que concede autorização de uso ao mais rico e importante estado brasileiro. O que o Ministério Público Federal tenta fazer é governar a terra dos bandeirantes, quando seu papel, na verdade, deveria se preocupar com assuntos mais importantes e que há muito esperam por soluções.

Que o governo federal trabalha nos bastidores para prejudicar os adversários do PT todos sabem, mas não será com esses golpes baixos e sujos que o partido conseguirá, por exemplo, tirar a candidatura de Alexandre Padilha do atoleiro. Candidato imposto por Lula para participar da corrida ao Palácio dos Bandeirantes, Padilha continua empacado nas pesquisas com míseros 4% de intenção de voto.

A manobra na seara do Cantareira visa reforçar o discurso malandro e oportunista de Lula, que em recente evento político na cidade de São Paulo disse que o governador Geraldo Alckmin, do PSDB, sequer garante água para matar a sede dos paulistanos da periferia. Os brasileiros já se acostumaram com o jeito bandoleiro do PT ao fazer campanha, mas é inaceitável que o Ministério Público Federal, que é alvo da interferência do Executivo federal, queira dar ordens desse naipe.

Além de garantir o abastecimento de água à capital paulista até a volta do período de chuva, o governo Alckmin lembra que um racionamento não apenas causaria um enorme transtorno aos cidadãos, como colocaria os equipamentos em risco, assim como comprometeria a qualidade da água por meio de contaminações diversas. Um rodízio em consonância com as exigências do MPF seria de 36 horas com água e 72 horas sem.

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