Confiança da indústria cai mais uma vez e atropela a onda de mitomania que reina no governo

industria_15Prova dos nove – Nesta terça-feira (28), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou os resultados de levantamento que aponta nova queda do índice de confiança da indústria. Na sétima queda consecutiva, o índice despencou de 87,2 para 84,4 pontos, atingindo assim o menor nível desde abril de 2009 (82,2 pontos). Acima de 100 pontos, o indicador revela otimismo, enquanto que abaixo, pessimismo.

O recuo foi provocado em especial pelas avaliações sobre o momento presente. O Índice da Situação Atual (ISA) recuou 4,8%, para 85,8 pontos, ao passo que o Índice de Expectativas (IE) encolheu 1,8%, para 82,9 pontos.

“O resultado de julho acende uma luz amarela em relação ao terceiro trimestre. Ainda que a diminuição do número de feriados possa influenciar favoravelmente a produção, a demanda continua sendo um fator limitativo a este crescimento”, destacou em nota Aloísio Campelo Jr., Superintendente Adjunto de Ciclos Econômicos da FGV/IBRE.

Quanto ao IE, as expectativas em relação à tendência dos negócios nos próximos seis meses influenciaram para a queda. O indicador recuou 7,6% em julho, para 105,4 pontos, o menor desde junho de 2009 (105,3 pontos). Também foi registrada queda na proporção de empresas que apostam na melhora da situação dos negócios do setor, de 29,2% para 25,6%, e aumento da parcela das que projetam piora, de 15,1% para 20,2%.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI), que avalia o uso das máquinas, equipamentos e do espaço industrial, encolheu de 83,5% para 83,2%, menor índice desde outubro de 2009 (82,6%).

Esse cenário desolador que assola a indústria nacional confirma, mais uma vez, que a economia do País vai mal, além de explicar as pífias projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014. Fora isso, coloca na vitrine da verdade o cipoal de equívocos do governo federal em relação à condução da política econômica. No contraponto, o levantamento da FGV serve para reforçar o que os brasileiros de bem já sabiam: que Dilma Rousseff mentiu de forma escandalosa quando falou sobre a economia brasileira durante a sabatina realizada, na segunda-feira (28), pelo jornal Folha de S. Paulo, provedor UOL, rádio Jovem Pan e SBT.

Aos jornalistas, Dilma disse que a economia passa por um momento de crise em decorrência da situação internacional e que o País tem reservas suficientes para enfrentar solavancos e especulações. É importante lembrar que as reservas brasileiras somam US$ 370 bilhões, montante que não deve durar muito tempo caso o governo seja impelido a abrir os cofres para salvar uma economia que caminha cambaleante na direção do despenhadeiro.

Em 2005, quando os palacianos estavam preocupados com a eclosão do Mensalão do PT, o maior e mais ousado escândalo de corrupção da história verde-loura, o ucho.info fez seguidos alertas sobre os primeiros passos de um processo de industrialização no País, mas os palacianos optaram por dois caminhos: salvar o mandato do malandro Lula e chamar de louco o editor deste site.

Não era precisa, à época, nenhuma dose extra de massa cinzenta para perceber que algo errado aconteceria com a economia. Lula, a versão tropical e bandoleira de Messias, resolveu estimular ainda mais a demanda sem se preocupar com a oferta. Diante do nó que se formou em pouco tempo, a saída foi incentivar as importações para que a inflação não saísse em desabalada careira. Deu no que deu!

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