De joelhos – Até a última semana, a palavra mensalão, criada pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson para denunciar a compra de apoio parlamentar por meio de mesadas regulares, vinha sendo utilizada desde 2005 sem problemas pela imprensa brasileira. Com a decisão do PT de tentar evitar que o uso da palavra prejudicasse os candidatos da legenda nas eleições municipais de outubro próximo, alguns jornalistas amestrados já deixaram de lado o vernáculo que se incorporou ao linguajar dos brasileiros.
Desde a última segunda-feira (6), profissionais de destacados veículos de comunicação, sempre monitorados e recompensados pelo governo e pelo PT, passaram a evitar o uso da palavra mensalão. Trata-se de uma atitude pequena e que atenta contra a democracia, pois um partido político, adepto do totalitarismo e da corrupção, não pode interferir na livre manifestação do pensamento, garantia muito bem destacada na Constituição Federal.
Essa decisão vexatória, que achincalha a parte boa e corajosa da imprensa brasileira, acontece na semana em que o Senado Federal aprovou a exigência de diploma universitário para o exercício da profissão de jornalista, sob a desculpa esfarrapada de que somente a graduação pode garantir a boa qualidade do jornalismo.
Quem conhece minimamente os bastidores do jornalismo político nacional sabe como funciona a relação entre alguns profissionais de comunicação e o poder. O editor do ucho.info é jornalista por vocação e sem diploma, mas continuará utilizando o termo “mensalão”, pois ética não se aprende no banco da escola, como querem alguns esquerdistas, mas no berço de casa. E esses jornalistas tutelados que já cumprem as ordens petistas por certo desconhecem o significado da palavra ética.