Brasil deflagra operação militar nas fronteiras, mas aceita no Mercosul a Venezuela, que apoia as Farc

Enxugando gelo – Por determinação do governo federal, as Forças Armadas destacaram 9 mil homens, helicópteros, navios-patrulha, aviões de caça e veículos blindados para operação de combate ao crime nas fronteiras com a Argentina, Paraguai e Uruguai. A operação militar começou na última segunda-feira (6) e deve durar aproximadamente um mês.

De acordo com o general Carlos Bolivar Goellner, comandante militar do Sul, o alvo principal do patrulhamento foi delimitado entre as cidades de Foz do Iguaçu, no Paraná, e Corumbá, no Mato Grosso do Sul, onde ocorre a maior incidência de tráfico de drogas e contrabando de mercadorias e armas.

“A ação visa reforçar a presença do Estado na fronteira com a bacia do Prata”, disse Goellner. Segundo o general, as fronteiras serão fortemente guarnecidas e como consequência o tráfico de drogas e o contrabando devem ser “sufocados”.

O combate ao crime e a violência nos grandes centros urbanos começa com o patrulhamento constante das fronteiras verde-louras, algo que há muito o governo não dá a importância devida. De nada adianta ações pontuais e anunciadas com antecedência, pois os criminosos suspendem as ações até o cessar do patrulhamento.

Por outro lado, de nada adianta fiscalizar a extensa fronteira do País, se o Palácio do Planalto se empenhou ao máximo para a entrada da Venezuela no Mercosul, operação que se deu ao arrepio da vontade do Paraguai, suspenso temporariamente do bloco por causa do impeachment de Fernando Lugo. Como se sabe, o governo venezuelano, comandado pelo tiranete Hugo Chávez, incentiva e financia as ações criminosas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que hoje sobrevive não mais dos sequestros de políticos, militares e autoridades, mas do tráfico de armas e drogas.

Ou seja, o que o Brasil está fazendo é abrir um olho e deixar o outro fechado. Apenas e tão somente porque os palacianos, por questões ideológicas, cumprem fielmente as ordens dadas pelo truculento e sanguinário Fidel Castro.