Lava-Jato: João Santana acusa Gleisi de ter usado apartamento em Curitiba só para receber propina

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Ironias tornaram-se a marca do destino da senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR) – a mais estridente, raivosa e enfadonha defensora da presidente afastada –, que acabou enredada, juntamente com Dilma Rousseff, na mesma explosiva delação premiada: a de João Santana.

O marqueteiro das estrelas petistas entregou, de bandeja, a truculenta Dilma na condição de ‘comandante’ do esquema de propinas para campanhas, algo que administrava pessoalmente com as minúcias e o mandonismo habitual. Além disso, Santana também complicou a petista Gleisi, a quem atendeu em 2008 na campanha pela prefeitura de Curitiba.

Ao conversar com os integrantes da força-tarefa da Operação Lava-Jato sobre essa campanha, o marqueteiro entregou Gleisi. Segundo matéria da mais recente edição da revista Veja, a senadora mantinha em Curitiba um “Flat da propina”.


“Ela mantinha um flat em Curitiba que servia como central de pagamentos e recebimentos clandestinos para a campanha dela a prefeitura”, afirmou João Santana.

O apartamento caixa-forte de Gleisi, segundo a revista Veja, era mantido “exclusivamente para operar uma tesouraria clandestina de sua campanha à prefeitura de Curitiba, em 2008, juntamente com o marido, o ex-ministro Paulo Bernardo”.

A delação de João Santana soma-se a outras denúncias de envolvimento de Gleisi, já apontada como corrupta por seis delatores do Petrolão. A senadora paranaense também tem para explicar o caso do marido, o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva (Planejamento e Comunicações), acusado de chefiar uma quadrilha que surrupiou R$ 100 milhões de servidores federais, inclusive aposentados, a partir de esquema criminoso montado à sombra de empréstimos consignados.

Não obstante, Gleisi continua devendo aos brasileiros uma explicação acerca da indicação de um pedófilo para cargo de assessor especial na Casa Civil. O petista Eduardo Gaievski, amigo do casal e condenado a mais de cem anos de prisão por estupro de meninas pobres e vulneráveis, foi incumbido pela então ministra de comandar os programas federais para crianças e adolescentes. Ou seja, a raposa tomando conta do galinheiro.

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