Lula faz “vaquinha” para defender a democracia, mas vale-se de advogados contratados a peso de ouro

lula_1053

Depois das seguidas cobranças do UCHO.INFO sobre explicações como Lula consegue custear um grupo de advogados renomados que trabalham na sua defesa, mesmo recebendo aproximadamente R$ 30 mil reais mensais, entre aposentadoria e salário de presidente de honra do PT, os “companheiros” decidiram agir e mais uma vez apelaram à farsa.

Para tentar enganar a parcela desavisada da opinião pública – os atentos não caem em armadilhas –, petistas próximos ao ex-metalúrgico lançaram uma campanha de crowdfunding (financiamento popular), do tipo vaquinha eletrônica, com o objetivo de arrecadar R$ 500 mil para bancar o que eles próprios classificam como ação para levar à sociedade “a interpretação correta” do que ocorre no “Brasil pós-golpe”.

Sob o nome “Um Brasil justo, pra Todos e pra Lula”, a campanha usa o slogan “Vamos somar esforços e contribuir para a defesa da democracia e do Estado de Direito” para tentar sensibilizar os incautos e conseguir doadores. Contudo, até as 19h44 desta sexta-feira (9), a “passada de sacolinha” do dramaturgo do Petrolão tinha arrecadado apenas R$ 32.733,00, com irrisórios 360 doadores. O que mostra que Lula já não goza de tanto prestígio como na época em que os escândalos de corrupção eram apenas invenções da elite golpista.

Que petistas são abusados e faces lenhosas todos sabem, mas ultrapassa os limiares da petulância alguém responsável pelo período mais corrupto da história nacional – acusado de corrupção e outros crimes – pedir dinheiro para explicar o inexplicável. Como se não bastasse, a campanha de Lula comete a desfaçatez de pedir contribuição para a defesa da democracia e do Estado de Direito, como se Lula fosse um injustiçado e alvo de perseguição.

Se há nessa absurda campanha um detalhe positivo, este fica com o “companheiro” Gilberto Carvalho, escolhido para estrelar o vídeo que emoldura a vaquinha eletrônica do alarife Lula. O ex-coroinha palaciano é um especialista nesse tipo de ação, pois coube a ele, nos tempos da gestão de Celso Daniel em Santo André, extorquir os empresários de ônibus da importante cidade do ABC paulista. A bandalheira estava funcionando bem, até o momento em que Celso Daniel decidiu discordar do destino dado ao dinheiro da corrupção. E por causa dessa discordância acabou brutalmente assassinado.


Apenas para mensurar a ousadia que embala a tal campanha, o valor pretendido por Lula nessa farsante vaquinha eletrônica (R$ 500 mil) fica aquém do que ele próprio cobra para uma de suas magistrais palestras, as quais ninguém jamais presenciou e que são alvo de investigações da Operação Lava-Jato.

Essa incursão dos “camaradas” é mais uma bizarrice com a chancela estelar do PT, pois o montante pretendido é insuficiente para pagar a primeira parcela dos honorários de apenas um dos seus advogados. Tirante a atuação do até recentemente desconhecido Cristiano Zanin Martins, que é genro do também advogado Roberto Teixeira, que por sua vez é compadre de Lula, a entrada do renomado criminalista José Roberto Batochio na equipe que defende o ex-presidente da República custou pelo menos R$ 5 milhões, segundo alguns badalados especialistas em Direito Penal.

Fora isso, Lula, sob a orientação de seus defensores, contratou Geoffrey Robertson, advogado australiano especialista em direitos humano e com escritório e Londres, para defendê-lo no Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, em Genebra. Para adicionar doses de pompa e circunstância a essa contratação, o petista encomendou pareceres de mais de uma dúzia de juristas internacionais, os quais serão juntados ao processo que sequer foi aberto no órgão da ONU. Traduzindo em números, operação que não sairá por menos de 4 milhões de dólares. Para reforçar o espetáculo, Lula vem despachando seus advogados para atividades internacionais, como, por exemplo, panfletagem na sede da ONU, em Nova York, e entrevista coletiva em Genebra.

O mistério sobre a origem do dinheiro que custeia a caríssima defesa de Lula há de continuar, até que alguém tenha coragem de revelar quanto cobrou de honorários e como e de quem recebe. Aproveitando o ensejo, na fase da Operação Lava-Jato em que foi preso o ex-senador Delcídio Amaral, ficou sem explicação o fato de o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, ter passado uma temporada atrás das grades sob a acusação de participar do esquema que tinha como meta comprar o silêncio de Nestor Cerveró.

De igual modo, ainda repousa no campo da estranheza o fato de Nelson Jobim – conselheiro diuturno de Lula, ex-ministro da Justiça e da Defesa e ex-ministro do STF – ter caído de paraquedas em uma das vice-presidências do BTG Pactual.

apoio_04