Ministro quer acabar com os vestibulares, mas continua patrocinando fraudes no Enem

Parafuso solto – Candidato de Luiz Inácio da Silva para disputar a prefeitura de São Paulo em 2012, o petista Fernando Haddad, ministro da Educação, seguiu o roteiro e cumpriu o papel esperado. Apareceu diante de câmeras e microfones, com a desfaçatez que lhe é peculiar, para se eximir da culpa pelo mais novo escândalo envolvendo o Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem.

Em entrevista, Haddad disse que para o Ministério da Educação está claro que dois dos 36 cadernos de pré-teste do Enem foram reproduzidos e distribuídos aos alunos pelos professores do Colégio Christus, em Fortaleza. “Os professores recomendavam aos próprios estudantes a não divulgação desses cadernos, porque as questões ali contidas, provavelmente algumas delas cairiam na prova”, declarou o ministro.

Há dias, o próprio Fernando Haddad declarou em público o seu desejo de terminar com os vestibulares, transformando o Enem como via de acesso ao ensino superior. Aqui no ucho.info o ministro não encontrou guarida para sua proposta, pois o nível de ensino no País é vergonhosamente baixo e os vestibulares, ainda que não isonômicos, são a derradeira esperança de que teremos no futuro uma ínfima parcela da sociedade bem instruída e capacitada para os desafios que o futuro há de apresentar.

Não é a primeira vez que o Enem é alvo de escândalos, todos com a rubrica do ministro Fernando Haddad, que sonha em sepultar os vestibulares, mas não consegue enxergar que há muito não se tem notícia de qualquer irregularidade na Fuvest, conhecido processo seletivo aplicado em São Paulo.

Como disse certa feita um ousado e fanfarrão filósofo de botequim, “nunca antes na história deste país”.