No País de Alice que só Dilma enxerga, poupança emagrece e comerciantes estão desconfiados

poupanca_05Luz vermelha – Na corrida presidencial de 2014, quando concorreu à reeleição, a petista Dilma Rousseff, a mando do seu marqueteiro, mentiu de forma escandalosa ao tentar vender a ideia de que o Brasil está vivendo um momento esplendoroso, sendo as notícias negativas fruto da imaginação peçonhenta das elites e da imprensa golpista. Os incautos que embarcaram nessa cantilena começam a se deparar com a dura realidade do País, que se aproxima cada vez mais do precipício da crise e do abismo institucional.

Para contraditar a euforia mitômana que emana do Palácio do Planalto, a caderneta de poupança, o mais popular e conservador dos investimentos, registrou em janeiro a maior saída líquida da história. Entenda-se por saída líquida o resultado final de retiradas menos depósitos. Com a inflação em alta, a elevação das taxas de juro e o alto grau de endividamento das famílias, tirar o dinheiro da poupança foi a saída que o brasileiro encontrou para enfrentar uma crise econômica que cresce a cada dia.

No primeiro mês de 2015, de acordo com informações do Banco Central, os saques da caderneta de poupança superaram os depósitos em R$ 5,52 bilhões. Trata-se do pior resultado desde o início da série histórica do BC, em janeiro de 1995.

A situação se agrava quando são analisados os dados acessórios que balançam a economia nacional. O volume financeiro recorde que foi sacado da poupança não conseguiu movimentar a economia, cenário que traz preocupação. Casso esses recursos tivessem sido despejados no comércio varejista, por exemplo, o setor não estaria tão preocupado em relação ao futuro.

De acordo com pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) atingiu, no início deste ano, o menor patamar desde o início da série histórica, em 2011. Em janeiro, a confiança do empresariado do comércio caiu 1,1% em relação a dezembro do ano passado, ficando em 105,1 pontos. Os dados relativos a janeiro de 2015 mostram queda de 14,3% em relação a janeiro de 2014. Também houve quedas nos subíndices que medem as expectativas dos empresários (-9,3%) e a intenção de investimentos futuros (-9,9%).

Segundo Fabio Bentes, economista da CNC, “a tendência de redução nas expectativas em relação à economia brasileira tem, historicamente, coincidido com a trajetória decrescente das expectativas registradas semanalmente pelo Banco Central”.

Além da queda da atividade econômica, a confiança dos empresários do setor tem sido influenciada pela perda de fôlego das vendas do varejo. A expectativa de maior inflação para os preços administrados em 2015 obrigou a entidade a revisar a previsão de crescimento do volume de vendas de 3% para 2,4% até o fim deste ano. “Confirmada a projeção, esse seria o pior resultado dos últimos doze anos. Em 2003, o volume de vendas do varejo caiu 3,7%”, destaca a CNC.

Considerando que na caderneta de poupança os saques superaram os depósitos e que o dinheiro correspondente não aqueceu o comércio varejista, por certo os recursos foram usados para a quitação de dívidas.

Quando,em dezembro de 2008, o então presidente Lula pediu aos brasileiros que mergulhassem na vala do consumismo e da gastança, o UCHO.INFO foi célere ao criticar a decisão do governo do PT, alertando para o perigo das consequências que surgiriam no curto prazo. Em um dos muitos alertas que fizemos, o endividamento recorde das famílias e a disparada da inadimplência mereceram destaque, pois a fórmula lançada por Lula e seus estafetas focava o consumo no vácuo do crédito fácil e irresponsável, não à sombra da geração de riqueza por parte dos cidadãos.

Para o então presidente o mais importante naquele momento era manter seus índices de aprovação, coma falsa ideia de que a crise global era apenas uma reles “marolinha”. A irresponsabilidade foi tamanha, que o governo acabou por reinventar a classe média, sob pena de não adotando tal medida permitir o achincalhe de Lula, algo que acontece de forma mais clara e contundente seis anos depois.