ONU não evitou a invasão do Iraque, a guerra na Síria e a anexação da Crimeia, mas Lula crê ser especial

lula_1019

A manobra malandra de recorrer à Comitê de Direitos Humanos da ONU alegando que, no caso da Operação Lava-Jato, é alvo de perseguição política e abuso de autoridade, Lula mostra desespero diante da possibilidade cada vez maior de ser preso por conta do seu envolvimento no maior esquema de corrupção de que se tem notícia, o Petrolão.

Sabedor de que não é alvo de perseguição política, Lula tentou criar um factoide para reforçar a falsa ideia de que a “elite golpista” do País não aceita o fato de um operário ter chegado ao poder. Mais uma balela rasteira e oportunista do lobista-palestrante, que não tem como escapar das garras da Justiça.

Como mencionado em matéria anterior, o recurso ao Comitê de Recursos Humanos da ONU não é tarefa simples e o resultado é meramente cosmético, porque o mencionado colegiado pouco pode fazer e suas decisões são vazias em termos práticos. Afinal, nenhum órgão internacional, mesmo que importante seja, pode impedir a prisão de um criminoso ou interferir nas decisões da Justiça de um país. Em suma, Lula está perdendo tempo e dinheiro, mas conseguiu retornar às manchetes na condição de suposto injustiçado, estratégia que pode lhe custar muito caro.

O máximo que pode-se esperar do tal Comitê é uma recomendação específica, longe do que querem os advogados de Lula. Sem contar que os últimos acontecimentos globais graves mostraram que o poder da Organização das Nações Unidas de mudar uma situação é tão sólido quanto uma gelatina.

Se a ONU e seus conselhos e comitês tivessem de fato algum tipo de ingerência em conflitos ou assuntos de difícil solução, por certo a entidade teria conseguido evitar a segunda invasão do Iraque, quando o então presidente George W. Bush, dos Estados Unidos, deu sinal verde às tropas ianques sob a desculpa de que Saddam Hussein mantinha um arsenal de armas químicas.

De igual modo, a ONU não teve pulso suficiente para impedir a criminosa anexação da Crimeia pelo governo de Moscou, assim como não interfere na violenta ditadura que vem arruinando a combalida Venezuela, e tampouco tenta conter a sanguinária ditadura do sírio Bashar al-Assad. E não será Lula o divisor de águas na seara das inócuas decisões da ONU.


Para levar adiante a sua aleivosia bandoleira, Lula contratou o advogado Geoffrey Robertson, especialista em direitos humanos, para quem um juiz não pode fazer o papel de acusador. Robertson afirma que o juiz Sérgio Moro não tem a imparcialidade necessária para julgar o petista, pois “atua como verdadeiro acusador, ao lado dos promotores”.

Tal declaração mostra que Geoffrey Robertson não apenas desconhece a Operação Lava-Jato como um todo, mas ignora as investigações que têm Lula na alça de mira. O advogado acreditou em rebuscada falácia esculpida pela defesa de Lula no Brasil, que não sabe mais o que fazer para evitar a prisão do cliente, que com certa constância tem demonstrado desequilíbrio emocional.

Se conhecesse minimamente o caso e não se deixasse levar pelas informações distorcidas fornecidas pelos advogados que defendem Lula no Brasil, Geoffrey Robertson por certo não criticaria a atuação de Moro. Contudo, o especialista disparou: “Nenhum juiz na Inglaterra ou na Europa poderia agir dessa forma. Esta é uma grave falha do sistema penal brasileiro”.

Robertson aproveitou para fazer críticas às prisões decretadas antes do julgamento e à forma como têm sido firmados os acordos de colaboração premiada no âmbito da Lava-Jato. Resumindo, Lula está usando o advogado para tentar mudar a legislação brasileira da noite para o dia e à base do pé de cabra.

Em qualquer parte do planeta, um advogado não deixa a sua cadeira de trabalho por mero diletantismo ou caridade exacerbada. Geofrrey Robertson certamente está a cobrar honorários, até porque o contratante é um político que à sombra da própria ignorância descobriu como operar o milagre da multiplicação. Mesmo assim, Lula precisa explicar como está fazendo frente a um honorário que não é dos menores.

Para finalizar, o ex-presidente deu um tiro no pé ao desacreditar o Judiciário nacional, da 13ª Vara Federal de Curitiba ao Supremo Tribunal Federal, repetindo o que fez em muitos diálogos nada republicanos interceptados com autorização da Justiça. Por outro lado, sabendo que sua prisão é uma questão de tempo e que salvar o PT da derrocada é assunto prioritário, Lula não economizou dinheiro para contratar um advogado internacional renomado, que sem saber está a costurar a fantasia de mártir que o cliente deseja vestir para se apresentar à parcela incauta da nação. Triste Brasil!

Confira abaixo o vídeo em que o desavisado advogado Geoffrey Robertson diz ser uma honra representar Lula:

apoio_04