Bem ensaiado – Em mais um capítulo de sua milionária e absurda despedida, que custou ao contribuinte R$ 20 milhões somente em publicidade, Luiz Inácio da Silva foi às lágrimas em Pernambuco, sua terra natal, durante a inauguração do Memorial Luiz Gonzaga. Ao relembrar sua trajetória, o messiânico presidente disse “eu não quero chorar mais do que já chorei. Vocês sabem que uma coisa que eu admiro no povo é que o povo chora para fora, o povo ‘cafunga’, lacrimeja, e político chora para dentro, fica com vergonha, e fica engolindo lágrimas, quando deveria colocar lágrimas para fora”.
Diante de uma plateia que contou com a presença do governador pernambucano Eduardo Campos (PSB), Lula creditou aos céus a sua chegada ao poder. “Eu sou agradecido a Deus em primeiro lugar, porque se não fosse o dedo de Deus não era normal que um retirante de Caetés, que saiu do sertão para fugir da fome, se transformasse em presidente da República do Brasil. Isso só pode ter o dedo de Deus”, disse o profético presidente.
A estratégia de colocar Deus para explicar o mal é típica de tiranos populistas. Lula não tem credenciais para tal, pois desde a eleição em 2002 até hoje se entregou a ações luciferianas. Supostamente cristão, o presidente-metalúrgico por certo não conhece os Dez Mandamentos. Na primeira eleição vitoriosa para a Presidência da República, Lula cometeu alguns pecados. Prometeu aos brasileiros criar em quatro anos 10 milhões de novas vagas de empregos, o que não aconteceu. Mais tarde, já eleito, Lula admitiu que a sua fala sobre a geração de postos de trabalho foi mentirosa, mas necessária para alcançar um objetivo maior. Ainda naquela campanha, o petista prometeu combater a corrupção de forma implacável, mas não foi isso que se viu nos últimos oito anos. Na verdade, a corrupção grassou por todos os cantos do governo do PT, sem que os culpados tivessem sido incomodados em algum momento.
Durante quase duas décadas, Lula coordenou uma ruidosa grita contra os banqueiros e o Fundo Monetário Internacional, o voraz FMI. Para chegar ao poder, Lula não se incomodou em fazer conchavos com os banqueiros, que são contumazes operadores da avareza, o que é considerado pecado no catolicismo. De igual modo, o mandatário tupiniquim preferiu deixar milhares de brasileiros morrendo nas filas dos hospitais públicos, mas emprestou dinheiro ao FMI, algo que ele [Lula] classificou como “chique”.
Para finalizar, Lula continua escondendo dos brasileiros, seus verdadeiros patrões, os gastos com os malfadados cartões de credito corporativos. Para ludibriar a opinião pública, o presidente alegou questões de segurança nacional, mas permitiu que os gastos da era FHC recheassem um dossiê contra os partidos que fizeram oposição ao Palácio do Planalto. Os cartões de crédito oficiais certamente patrocinaram luxúrias diversas. E segundo os ditames do catolicismo, a luxúria é um pecado absolutamente condenável.
Em outras palavras, Luiz Inácio da Silva pode até querer enganar a população ao falar em Deus, mas inserir o Criador em uma história mentirosa e corrupta é no mínimo heresia das grandes.