PSB de Eduardo Campos deixa o governo de Dilma Rousseff e provoca um nó eleitoral no Maranhão

Xis da questão – Presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, governador de Pernambuco, anunciou oficialmente o desembarque da legenda do governo petista de Dilma Rousseff, mas enquanto o fato não se consuma a decisão já provoca estragos em alguns estados. O primeiro a sofrer o impacto foi o Maranhão, onde Eduardo Campos esteve no final de semana para formar uma frente contra o PMDB de Roseana e José Sarney.

Esse bloco, ainda em formação, contra o clã Sarney, cria uma situação de constrangimento local, mas que repete a decisão do PSB em termos nacionais. O detalhe está no fato de que em 2014 o Palácio dos Leões, sede do Executivo maranhense, entrará nos planos de Flávio Dino, que concorrerá com o candidato do grupo Sarney e pode não ter o apoio de Eduardo Campos.

Esse enxadrismo político do Maranhão torna-se ainda mais difícil porque a presidente Dilma ainda não decidiu quem apoiar na disputa pelo governo do mais pobre estado brasileiro. O PSB já se declarou contra o PMDB local, assim como Flávio Dino, que pode não conseguir o apoio de Dilma, que deve aderir à campanha do candidato de Sarney.

A situação complica-se porque até o início desta semana, o PSB de Campos engrossava a base de apoio ao Palácio do Planalto, ao lado do PCdoB de Dino. Resumo da ópera: no Maranhão a disputa pelo governo estadual não será fácil e exigirá alianças tão sólidas quanto estratégicas. E o candidato que sair na frente com certeza levará vantagem, mas para isso é preciso ter proposta na mão e dinheiro em caixa.