Realidade da economia assusta os brasileiros e nocauteia o discurso ufanista e mentiroso de Dilma

dilma_rousseff_325Canto do ringue – As profecias de Dilma Rousseff, a presidente-candidata, sobre a crise são tão duradouras e eficientes quanto às medidas de estímulo à economia adotadas por seu “desgoverno”. Durante sabatina realizada pelo jornal “Folha de S. Paulo”, provedor UOL, rádio Jovem Pan e SBT, na segunda-feira (28), a petista disse aos jornalistas, mais uma vez, que a crise econômica que chacoalha o Brasil é decorrente do cenário internacional. Como se os brasileiros de bem não soubessem que alguns países vizinhos começam a sair lentamente da crise, o que mostra que o mercado global não interfere nessa recuperação.

Dilma afirmou que o governo do PT trabalhou arduamente ao longo dos anos para minimizar os efeitos colaterais da crise e também para que a população não pagasse por isso. A solução encontrada pelos mágicos petistas foi incentivar o consumo interno de maneira atabalhoada, medida que só pode ser adotada pontualmente e por curto espaço de tempo. Como os petistas palacianos sofrem de incompetência crônica, apostar no consumo continua sendo a solução para vencer a crise. Uma decisão insana e descabida, diga-se de passagem.

Para provar que as palavras de Dilma nada valem e se perdem no ar, menos de 24 horas depois da sabatina a realidade do cotidiano brasileiro entrou em cena. O primeiro torpedo econômico que atingiu as declarações mentirosas e ufanistas da presidente foi a elevação da taxa média de juro ao consumidor no crédito livre. Na passagem de maior para junho, o juro médio para pessoa física cresceu meio ponto porcentual e chegou a patamar de 43% ao ano, o maior desde 2011. A série histórica do Banco Central para o indicador iniciou em março de 2011.

Mais cara linha de crédito ofertada pelo mercado financeiro, o cheque especial chegou a 171,5% ao ano, taxa mais alta desde novembro de 2011, quando registrava juro médio de 171,8%.

Ainda no mesmo tema, mas no contraponto do cenário, a inadimplência do consumidor, de acordo com a Serasa Experian, recuou 1,1% no primeiro semestre de 2014, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em junho, após três altas mensais seguidas, a inadimplência caiu 1,4% na comparação com o mês anterior, mas registrou alta de 3% em relação a junho de 2013.

A queda da inadimplência, ainda que pequena, resulta de uma combinação de fatores: a cautela dos bancos na concessão de crédito, o grau de endividamento das famílias e o medo do consumidor de ser dragado novamente por dívidas impagáveis. Ou seja, o resultado não decorre de uma economia pujante que permite ao cidadão consumir de maneira responsável ao mesmo tempo em que gera riqueza. Sem contar que o chamado pleno emprego, muito comemorado pelo Palácio do Planalto, é corroído pela queda dos salários.

Sandices na área de energia

O segundo torpedo a alvejar as declarações mitômanas de Dilma foi o anúncio de que em 2015 a tarifa de energia elétrica sofrerá aumento de pelo menos oito pontos percentuais, alta provocada pela irresponsabilidade de um governo adepto da fanfarrice e que apostou na antecipação da renovação das concessões, operação que não apenas saqueou os cofres federais, mas avançou no bolso do consumidor.

O segundo torpedo a alvejar as declarações mitômanas de Dilma foi o anúncio de que em 2015 a tarifa de energia elétrica sofrerá aumento de pelo menos oito pontos percentuais, alta provocada pela irresponsabilidade de um governo adepto da fanfarrice e que apostou na antecipação da renovação das concessões, operação que não apenas saqueou os cofres federais, mas avançou no bolso do consumidor. Isso porque Dilma precisava escapar dos efeitos das manifestações populares de junho e julho do ano passado.

Apesar das projeções conservadoras sobre a alta da tarifa de energia, há quem aposte em majoração de até 30%. Como se não bastasse, o consumo de energia aumentou consideravelmente nos últimos anos, o que levou o governo a acionar as termelétricas, em funcionamento ininterrupto desde outubro de 2012.

O aumento da tarifa de energia, em 2015, será mais um entrave na rota do crescimento do PIB, não sem antes configurar o novo fantasma da indústria nacional, que há muito vem sofrendo com o avanço da crise que Dilma Rousseff insiste em ignorar.

O aumento da tarifa de energia, em 2015, será mais um entrave na rota do crescimento do PIB, não sem antes configurar o novo fantasma da indústria nacional, que há muito vem sofrendo com o avanço da crise que Dilma Rousseff insiste em ignorar.

FMI não perdoa

O terceiro e último torpedo do dia ficou por conta do Fundo Monetário Internacional, o FMI, que classificou como “moderadamente frágeis” as contas externas brasileiras. O déficit em transações correntes, um dos principais indicadores das contas externas nacionais, somou US$ 43,3 bilhões no primeiro semestre deste ano, de acordo com informação do Banco Central divulgada na última sexta-feira (25). O saldo das transações correntes resulta da soma dos resultados da balança comercial (saldo das importações e exportações) aos de outras operações que envolvem a entrada e a saída de capitais (serviços e rendas). Quando se fala em déficit significa que os investimentos estrangeiros são insuficientes para fazer frente aos gastos no mercado externo.

Mesmo com essas incontestáveis evidências, Dilma e sua turba insistem em vender a ideia de que o Brasil é a versão tropical do País de Alice, aquele das maravilhas, algo que só foi possível por conta da eficiência (sic) dos governos do PT. Enfim, como disse certa feita um conhecido e gazeteiro comunista de botequim, “nunca antes na história deste país”.

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