Líder do PPS pede que PGR abra inquérito para apurar desvio de R$ 17 milhões na Cruz Vermelha

cruz_vermelha_01Mãos ao alto – Líder do PPS na Câmara dos Deputados e presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Cruz Vermelha, Rubens Bueno (PR) protocolou nesta terça-feira (29), na Procuradoria-Geral da República (PGR), representação solicitando a abertura de inquérito para apurar a denúncia de desvio de R$ 17 milhões na entidade internacional. O parlamentar também entrou com requerimento para realização, na Comissão de Relações Exteriores, de audiência pública com autoridades do poder público e representantes nacionais e internacionais da organização.

O deputado afirmou que o pedido ao Ministério Público Federal reforçará a solicitação já feita pela Cruz Vermelha nacional com o objetivo de acelerar o processo de investigação pelas autoridades brasileiras. Na representação em que pede a identificação e punição dos responsáveis pelo desvio, o líder do PPS afirma que “as denúncias relatadas ferem de morte os princípios fundamentais da Cruz Vermelha, que é reconhecida como uma sociedade de socorro voluntário”.

Frisa também que “ações urgentes necessitam ser tomadas com o propósito desta instituição ser valorizada por todos os trabalhos benéficos realizados e não cair em descrédito por causa deste caso em que supostos interesses individuais se sobrepuseram em detrimento de uma sociedade inteira”.

Rubens Bueno ressaltou que vai mobilizar deputados que fazem parte da Frente. “Esse escândalo não pode ficar sem respostas. Nós, integrantes da Frente Parlamentar em Defesa da Cruz Vermelha, precisamos nos mobilizar, somar esforços, para que todas essas denúncias sejam esclarecidas e os responsáveis punidos. Uma entidade tão séria, tão importante para as pessoas, principalmente àquelas mais desassistidas, não pode ficar à mercê de corruptos e irresponsáveis. A sociedade brasileira não suporta mais toda essa roubalheira. Temos o dever de dar uma resposta firme a mais esse escândalo”, defendeu.

Conforme reportagens divulgadas pela imprensa, a entidade brasileira teria identificado o desvio de R$ 17 milhões para uma ONG no Maranhão entre os anos de 2010 e 2012. O dinheiro seria fruto de doações para atender quatro campanhas humanitárias: vítimas da chuva da Região Serrana do Rio, combate à dengue no país, tsunami no Japão e flagelo na Somália por conta da falta de alimentos provocada pela seca.

A consultoria londrina Moore Sthephens constatou os desvios em auditoria solicitada pela Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha. Os recursos teriam abastecido um esquema envolvendo integrantes da então direção da entidade no Brasil e parentes.

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