Se quiser melhorar a Educação no Brasil, Dilma precisa reduzir a carga tributária do setor

Sem solução – Na recente visita oficial que fez aos Estados Unidos, a presidente Dilma Rousseff, após ser recebida na Casa Branca pelo colega Barack Obama, viajou para o estado norte-americano, onde visitou a Universidade de Harvard e o conceituado Massachusetts Institute of Technology (MIT). Na ocasião, ao discursar na Kennedy School of Government, a escola de governo de Harvard, Dilma falou sobre o atraso da Educação brasileira. “O Brasil tem de correr muito para estar à altura dos desafios que nos apresentam no caso da ciência, tecnologia e inovação”, disse a presidente.

O objetivo de Dilma, pelo menos no papel, é enviar ao exterior 100 mil estudantes para cursos de especialização. Trata-se de um projeto necessário, mas que só terá resultados no momento em que a educação pública for de qualidade, o que está muito distante de acontecer. De nada adianta enviar milhares de alunos para cursos especialização se os que aqui ficam não têm a formação mínima necessária para enfrentar os desafios do mercado de trabalho, por exemplo.

Qualquer ser humano com doses básicas de consciência sabe que uma nação se forma a partir da educação. Como aos atuais donos do poder não interessa o conhecimento avançado da maioria da população, principalmente quando em curso está um regime totalitarista, é utopia imaginar que a educação no Brasil caminhará a passos largos.

Se o Brasil tem algum reconhecimento em termos mundiais no âmbito da educação é porque as escolas particulares de ensino básico e médio cumpriram com suas respectivas obrigações. Acontece que manter um filho em estabelecimento privado de ensino é privilégio de uma minoria. Caso queira se distanciar dos dogmas da esquerda mundial e transformar o País é um celeiro de talentos e cidadãos bem formados, Dilma deve começar pela análise da carga tributária a que se submete o setor.

Para quem não sabe, as escolas particulares enfrentam uma carga de impostos de 46,6%, o que é um verdadeiro atentado contra o conhecimento. De nada adianta Dilma querer cuidar de uma ponta da educação brasileira, a ela dando ares de grandeza, se na outra a pequenez é marcada pela volúpia arrecadatória do Estado.

Um país que alivia os impostos para setores que garantam a manutenção do consumo interno, ao mesmo tempo em que tributa de maneira voraz a o setor educacional, não tem o direito de falar em futuro.

Confira abaixo a carga tributária incidente em alguns materiais escolares

Agenda escolar (43,19%)
Apontador (44,39%)
Borracha escolar (43,19%)
Caderno universitário (34,99%)
Caneta (47,49%)
Cola branca (42,71%)
Estojo para lápis (40,33%)
Fichário (39,38%)
Lápis (36,19%)
Livros escolares (15,12%)
Mochilas (39,62%)
Papel pardo (34,99%)
Papel sulfite (37,77%)
Pastas plásticas (40,09%)
Régua (44,65%)
Tinta guache (36,13%)
Tinta plástica (36,22%)