Sem apoio popular e político, Dilma precisa renunciar ao governo com urgência, afirma Caiado

ronaldo_caiado_27Calvário vermelho – Em duro e contundente discurso no plenário do Senado na tarde desta quarta-feira (1), o líder do Democratas, Ronaldo Caiado (GO), invocou a responsabilidade de todos os senadores diante do quadro de ingovernabilidade do País, cenário confirmado pelos resultados da pesquisa CNI/Ibope, que mostrou que apenas 9% da população aprova o governo Dilma. Para o parlamentar, a Casa precisa exigir uma atitude imediata da presidente da República, como a renúncia e a convocação de novas eleições. Caiado afirmou que Dilma Rousseff não tem nem apoio popular, confirmado pelos números do Ibope, nem político, a exemplo da votação unânime do dia anterior pelo reajuste dos servidores do Judiciário.

“Subi à tribuna para discutir um tema que considero o mais relevante atualmente. Como representantes das 27 unidades da federação não deveríamos discutir a situação de ingovernabilidade do País? O Ibope mostrou a maior rejeição a um presidente da República desde a redemocratização. De cada 100 brasileiros, apenas 9 confiam na presidente. Ela está com 68% de avaliação de ruim ou péssimo. Essa não é uma questão de oposição, é uma questão de discutirmos o Brasil. Nossa responsabilidade não é de nos preocuparmos com a figura da pessoa física da presidente, mas com a governabilidade e com o retorno do desenvolvimento do nosso país. Devemos exigir da presidente da República que tenha espírito público, que tenha um gesto acima dos seus interesses pessoais, que tenha a coragem de renunciar o posto que ocupa e convocar novas eleições”, declarou Caiado.

O senador democrata avaliou que a própria base governista já reconhece que não há mais condições de fazer esforços para sustentar um governo que não tem a confiança do povo brasileiro, além de afundar cada vez mais em escândalos de corrupção.

“A base já que não tem condições para alavancar um governo que qualquer ação que propõe a reação do povo é sempre refratária porque está entremeada de corrupção, de denúncias a todo minuto chegando dentro do Palácio do Planalto. O ex-presidente Lula ironizou dizendo que a crise era uma marolinha, mas o Palácio produziu um tsunami, já são nove milhões de desempregados, com prognóstico de taxas que podem beirar a 12, 13 milhões de desempregados e inflação galopante que cada vez mais consome a renda do trabalhador”, analisou o líder democrata.

Para Caiado, os senadores e senadoras devem se pronunciar sobre a situação crítica vivida pelo País, sobre as graves e contínuas denúncias que atingem o governo do PT, provocando a descontrolada queda da popularidade de Dilma Rousseff.

“Invoco a responsabilidade de cada um dos senadores para que, diante desse quadro, essa Casa comece a se pronunciar em relação às denúncias da pedaladas (fiscais), do caixa 2 que alimentou e oxigenou a campanha da presidente com desvios não só da Petrobras como de outros órgãos usados pelo governo como máquina de partido. O povo precisa voltar a acreditar na política e no governante que representa a figura do presidente”, concluiu.

Diferentemente das propostas de impeachment e intervenção militar constitucional – essa última uma aberração jurídica sem precedentes – a queda de Dilma Rousseff se dará sob o manto da pressão popular e da falta de apoio no Parlamento, algo que o UCHO.INFO vem sugerindo desde que a crise palaciana chegou ao seu ápice, nele se mantendo até então.

Deixando de lado, por alguns instantes, os trágicos resultados da pesquisa CNI/Ibope, o fato de a presidente Dilma, uma comunista de carteirinha, ter priorizado a visita aos Estados Unidos, deixou claro que o governo está em queda livre no despenhadeiro da crise, situação que só um milagre será capaz de reverter. Nos encontros que manteve nos EUA, em especial com o presidente estadunidense Barack Obama, a petista rasgou o discurso socialista e rapidamente adotou o palavrório neoliberal, o qual ela e seus companheiros de esquerda chicaneira sempre condenaram.

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