Dois pesos – O que era esperado acabou acontecendo na Comissão de Direitos Humanos do Senado. Convocada para esta quinta-feira (23), a audiência pública para discutir a ação da Polícia Militar paulista na reintegração de posse de área conhecida como Pinheirinho, em São José dos Campos, no interior de São Paulo, provocou uma troca de farpas entre os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Aloysio Nunes Ferreira Filho (PSDB-SP).
O senador petista se exaltou diante da recusa do colega tucano de não participar da audiência, que alegou que se tratava de um instrumento de “ataque” ao PSDB. “A audiência é um instrumento político de interesse do PT, do senador Eduardo Suplicy e de pseudo-revolucionários que se utilizam da miséria alheia para promover suas propostas”, declarou Aloysio Nunes.
Desde a reintegração de posse da área, em 25 de janeiro passado, petistas têm utilizando a operação para falar em violação dos direitos humanos e estocar o governo de Geraldo Alckmin, como forma dar sustentação ao projeto político do PT, que pretende crescer em importantes cidades do interior paulista, o que permitiria sonhar com o Palácio dos Bandeirantes em 2014.
O primeiro “companheiro” a apelar para o oportunismo foi o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, que continua devendo aos brasileiros uma explicação sobre o escândalo de corrupção que antecedeu a morte de Celso Daniel, então prefeito de Santo André, no Grande ABC.
Enquanto aproveitam a reintegração de posse do Pinheirinho como trampolim para discursos messiânicos, petistas de quatro estrelas preferem ignorar a truculência do governador Jorge Viana (PT), que ordenou à Polícia Militar o uso de balas de borracha, gás pimenta e bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes que protestam contra o corte de energia elétrica em determinadas áreas da capital Rio Branco, em decorrência da inundação provocada pelo transbordamento do Rio Acre.
É bom lembrar que as constantes inundações no Acre resultam da incompetência dos irmãos Jorge e Tião Viana, ambos petistas, donos da política local e que estão à frente do Executivo estadual desde janeiro de 1999. Ou seja, nada fizeram solucionar o problema que tanto aflige os acreanos.