Queda do dólar prejudica as exportações e derruba o discurso desenvolvimentista de Dilma

Ladeira abaixo – No primeiro dia de operação do mercado financeiro após o feriado prolongado de Carnaval, a moeda norte-americana encerrou a quarta-feira de Cinzas (22) valendo R$ 1,707, menor patamar desde 31 outubro do ano passado, quando o dólar estava cotado a R$ 1,7026.

No Brasil o ano começa na prática após o Carnaval, mas muitos decidiram prolongar a folia até o próximo final de semana, o que explica o silêncio das autoridades federais sobre o assunto. Deixando de lado a maior festa popular brasileira, a baixa cotação da moeda norte-americana ajuda o governo federal no combate à inflação, principal item do amaldiçoado espólio do messiânico Luiz Inácio da Silva.

Por outro lado, a valorização do Real frente ao dólar prejudica ainda mais as exportações brasileiras, não sem antes derrubar o discurso da presidente Dilma Vana Rousseff, que na última semana disse, no Rio Grande do Sul, que adotaria medidas de incentivo ao setor. “Vocês podem ter certeza que neste ano vamos aprofundar medidas tributárias de estimulo à produção e à exportação. Crédito em condições mais adequadas, estímulo à inovação e à formação de mão-de-obra e a adoção de medidas de defesa comerciais”, afirmou a presidente.

A adoção de barreiras comerciais, por exemplo, faz com que outros países dificultem a entrada de produtos brasileiros em alguns mercados. Em outro ponto, a qualificação de mão de obra é algo que dá resultados no médio prazo, sendo que o governo aposta em dividendos velozes. Para exemplificar a morosidade da economia para assimilar medidas, uma redução da taxa básica de juros só produz efeitos seis meses depois.

É verdade que não se pode perder o otimismo jamais, mas chamar para si a porção de milagreira é uma mistura de ousadia com irresponsabilidade de Dilma Rousseff, que continua acreditando que as intempéries da economia mundial não afetarão o Brasil. Enfim…