Exceção à regra
“Paralisar 100% não paralisa, mas cria dificuldades. A direção da empresa ocupará boa parte de seu tempo para responder aos questionamentos”. Assim declarou o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, ao ser questionado sobre o impacto da CPI Petrobras/ANP nas atividades da petroleira brasileira.
Com a sessão de instalação adiada, a Comissão Parlamentar de Inquérito está causando nervosismo entre os parlamentares. Durante a audiência sobre a exploração da camada pré-sal na Câmara dos Deputados, o ministro revelou ter conversado com líderes partidários sobre a criação da CPI. Segundo Lobão, os parlamentares apontaram que as investigações poderão criar problemas gerenciais para a empresa, além de repercutir de maneira negativa em prováveis investimentos internacionais. “A simples expressão CPI no exterior tem grande impacto. Os grandes financistas ficam, pelo menos, de cabelos em pé”, explicou o ministro.
Para concluir, Lobão afirmou que não vê problema nas indicações políticas para a ocupação de cargos na petroleira. “Não acho que a Petrobras possa ser politizada. Alguns cargos dependem de indicação, o que não é nenhum pecado”, assegurou.