Sarney enrola, não convence e se diz injustiçado

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No discurso que proferiu no plenário do Senado na tarde de ontem (16), o presidente da Casa, senador José Sarney (PMDB-AP), dissertou sobre a história política recente do País, mas em nenhum momento anunciou medidas moralizadoras, o que frustrou alguns dos seus pares. Embalado por um misto de empolgação com nervosismo, Sarney disparou: “É uma injustiça do País julgar um homem como eu”. Sarney pode entender como quiser esse momento de dificuldade que ele próprio enfrenta no Senado, mas falar em injustiça é no mínimo zombar do povo brasileiro. Em menos de três semanas o nome do presidente do Senado foi mencionado duas vezes, a reboque de pequenos imbróglios. O primeiro deles foi o caso do recebimento indevido da verba conhecida como auxílio-moradia, mas o parlamentar assumiu o compromisso de ressarcir os cofres públicos. O segundo trouxe à baila os nomes de parentes indicados para cargos no Senado.