Depois de abafar a CPI das Ongs, comunista recomenda transparência ao Senado

Dupla face
Na tarde de ontem, terça-feira, quando o plenário do Senado foi tomado por um sem fim de discursos de apoio ao senador José Sarney, que sem convencer tentou explicar o escândalo dos atos secretos, mereceu destaque a fala do senador Inácio Arruda, do PcdoB cearense. Em dado momento, Arruda, na tentativa de reforçar a operação que pode sufocar mais um escândalo político, disse, sem rubor algum, “temos que ter esse esforço de transparência”. Para que o leitor não se iluda, o senador Inácio Arruda era o relator da CPI das Ongs, mas acabou abandonando o cargo para apagar incêndios na CPI da Petrobras/ANP. Na Comissão que trata das organizações não governamentais, o senador comunista atrapalhou como pôde as investigações. Sua indicação para a CPI da Petrobras/ANP tem um só motivo. A Agência Nacional do Petróleo abriga alguns integrantes do PcdoB.